500 Dias com Ela

Por Guilherme Martins

Romances, histórias maravilhosas, filmes sobre duas almas gêmeas que se encontram e compartilham momentos únicos para viverem juntos para todo o sempre. É justamente sobre isso que o filme 500 Dias com Ela NÃO FALA!

Aqui o enfoque é a etapa mais amarga de um relacionamento: o término! Na história, que abrange os quinhentos dias do título, Joseph Gordon-Levitt vive Tom, um criador de cartões comemorativos, em busca do amor de sua vida. No escritório ele conhece a bela Summer, interpretada pela fofíssima atriz Zoey Deschanel. Os dois desenvolvem uma relação, mas há um problema: ela não acredita no amor.

Com certeza todos já fizeram papel de Tom (pra não dizer papel de tonto) pelo menos uma vez na vida. Amar alguém e não ser correspondido, ou não ser amado em troca na mesma intensidade. E esse é um dos trunfos do filme – trazer para as telas uma situação que nos remete às nossas vidas ou a uma fase dela.

O ator Joseph Gordon Levitt é particularmente um talento nato. Sempre apreciei seu trabalho convincente. E a atriz e cantora Zoey Deschanel é aquela moça atípica, espirituosa e cheia de personalidade, que mistura doçura com autoconfiança. Faz o tipo perigosa, que consegue com que os rapazes se apaixonem por ela involuntariamente.

Trata-se de um daqueles casos raros em que o casal de personagens é interpretado pelos atores perfeitos, que caem como uma luva e possuem química. Aprendam, Kristen Stewart e Robert Pattinson!

O diretor Marc Webb (escolhido para dirigir o novo filme do Homem Aranha) dá agilidade à obra contando a história de forma não linear, intercalando momentos em que o casal é pura paixão, com momentos de brigas e desentendimentos.

Destacam-se também os trechos em que as perspectivas de Tom em relação aos acontecimentos ditam o tom da obra. Como na cena em que é separada a “expectativa” da “realidade” e quando ele se descobre apaixonado e todos na rua o cumprimentam, com direito a coreografia e tudo mais!

Se você está cansado dos filmes românticos de Hollywood e procura algo que reflita as histórias românticas com um pouco mais de realismo, vale a pena conferir. Afinal, existe vida após o coração partido?