A Origem
Leia a crítica desta viagem pelo subconsciente!
Guilherme Martins
Por Guilherme Martins
Antes de começar essa crítica gostaria de salientar que A Origem é definitivamente o filme mais revolucionário da última década do cinema. Aqui estamos diante de um trabalho único, algo além da compreensão. Uma obra que merece ser assistida, e revista por quem sabe até mais outras dezenas de vezes.
Sou fã do diretor Christopher Nolan desde Amnésia (2000). E depois de revolucionar os filmes de heróis através da sua versão de Batman (meu herói favorito) em O Cavaleiro das Trevas, não me restou muita escolha senão me render ao seu talento. Porém, quando se pensava que o diretor já teria alcançado o ônus de sua carreira, somos surpreendidos com mais uma obra-prima.
Em A Origem, o diretor se propõe a um caminho muito arriscado: o de tentar mostrar em um filme as singularidades e infinitas capacidades da complexa mente humana. E o melhor é que ele consegue.
Na trama, Leonardo Di Caprio interpreta Dom Cobb, um especialista em entrar no sonho de indivíduos para extrair os segredos mais profundos da mente. Porém, ele é contratado para um trabalho que talvez seja o mais delicado de sua vida, o de plantar uma idéia no subconsciente de alguém. E este último trabalho pode leva-lo de volta para casa.
Agora imagine um mundo de infinitas possibilidades como a nossa mente, na qual a única limitação é a nossa imaginação, transportado para as telas. Imaginou? Pois é daí que saem algumas das cenas mais incríveis, geniais e colossais da história do cinema, como dobrar uma cidade ao meio como se fosse papel, ou um trem andando no meio de uma avenida cheia de carros, ou a memorável cena em gravidade zero. Essas são apenas algumas das imagens que você verá no longa.
Com um roteiro original, cheio de surpresas e minúcias, com camadas a serem esmiuçadas, o filme deixa a filosofia confusa e rebuscada de Matrix no chinelo. Trata-se de uma história fascinante que fisga o espectador do primeiro minuto até a conclusão. E que conclusão!!! Só a última cena já valeria um artigo à parte.
As atuações estão perfeitas, tanto do protagonista Leonardo Di Caprio, que vem engatando a carreira com um excelente trabalho após o outro, quanto dos coadjuvantes de peso como Ken Watanabe (de O Último Samurai), a bela Marion Cotilard (de Piaf), Cillian Murphy e Michael Caine (de Cavaleiro das Trevas), Ellen Page (de Juno), Joseph Gordon Levitt (de 500 dias com ela) e Tom Hardy (de Rock´n Rolla).
É um filme que te convida a entrar na mente humana e explorar todas as suas nuances e possibilidades, através de seus ricos personagens. E não nos resta alternativas, senão embarcar nessa viagem. Imperdível!
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