Cinema

Publicado: Terça-feira, 25 de maio de 2010

A Verdade Nua e Crua

Leia a crítica desta picante comédia sexista!

A Verdade Nua e Crua
O ator Gerard Butler está extremamente confortável na pele do machão, pegador e cafajeste

Por Guilherme Martins

Homens X Mulheres. Desde que eu me conheço por gente sempre houve diferenças entre os sexos. O que as mulheres esperam de um relacionamento é diferente do que os homens querem. E essa é só uma das muitas discrepâncias que nos fazem pensar: “o que passa na cabeça das mulheres”? Porém a temática de A Verdade Nua e Crua é totalmente diferente, com o propósito de mostrar o que se passa na cabeça de nós, homens.

Na trama, Abby Richter (Katherine Heigl) é produtora de um programa de TV que passa por problemas de audiência. Então, como forma de alavancar o programa, um de seus chefes contrata Mike Chadway (Gerard Butler), um mulherengo convicto que dá dicas de relacionamento machistas e promete ensinar às mulheres o que passa na cabeça dos homens. A princípio, Abby tem repulsa pelo novo colega, mas depois a situação muda, quando ele promete ajudá-la a fisgar um homem através de seu “profundo conhecimento” da alma masculina.

A graça do filme está na forma caricata (ou não tanto assim) como é tratada a psicologia masculina. Pérolas como “nunca critique os homens, eles são incapazes de evoluir como seres humanos”, “nunca fale dos seus problemas, pois nós homens não queremos saber” ou “sempre ria do que ele fala, pois risada falsa é como orgasmo falso, ambos funcionam e nós nunca vamos saber” são ouvidas a todo momento durante o filme. E a maneira simplista como nós somos mostrados é a diversão da obra.

O destaque fica para o ator Gerard Butler que está extremamente confortável na pele do machão, pegador e cafajeste. Suas frases de efeito arrancam risos do espectador. Outro destaque é a linguagem pesada do filme, que acaba diferenciando-o das demais “comédias românticas”.

Interessante também é a abordagem do longa, que revela a mudança nos padrões de comportamento dos relacionamentos nos últimos anos, principalmente por parte das mulheres. A personagem Abby mostra bem esse lado. A ideia da procura pelo homem perfeito é abandonada e por sua vez surge o culto ao “homem real” que parece até mais atraente do que os estereótipos criados pelas próprias mulheres.

Porém, mesmo diante de uma visão masculinizada para um filme de comédia, fica inevitável que o roteiro desbanque finalmente para o romantismo e os clichês do gênero (embora aqui eles sejam bem aplicados).

De qualquer forma, se você quer curtir uma comédia sexista com toques de romance e erotismo, vale a pena!

Só é necessário um conselho às mulheres: não pensem que nós homens somos tão simples assim. Porém, se essa afirmação é verdadeira ou não, vocês mulheres nunca vão saber...

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