Cinema

Publicado: Domingo, 31 de dezembro de 2006

Andy Garcia encontra "A Cidade Perdida"

Havana, anos 50: boa música, belas praias e alguns generais

Andy Garcia encontra "A Cidade Perdida"
Garcia: um belo figurino.
Paisagens deslumbrantes e a música excepcional da Havana dos anos 50 ilustram a passagem de uma tradicional família cubana do regime de Batista para o de Fidel, em “A Cidade Perdida, último trabalho de Andy Garcia, que dá um show de talento como protagonista e diretor do longa.
Garcia interpreta Fico Fellove, o proprietário da elegante casa noturna El Trópico. Mais velho de uma família de três irmãos, bastante unida, cujo pai é intelectual e professor da principal universidade cubana, Fico vê sua estrutura desmoronar quando seus dois irmãos ingressam em movimentos políticos armados que visam derrubar a ditadura de Fulgencio Batista.
Junto com a revolução nasce um grande amor, e muitas perdas. Che Guevara, interpretado por Jsu Garcia, ao contrário da maioria dos relatos publicados e interpretados, se mostra um comandante arrogante e cruel.
O governo de Fidel tira de Fico e sua família propriedades e negócios, e principalmente a dignidade de se viver, obrigando ao empresário cubano o refúgio em terras norte americanas, “a terra das oportunidades”.
Os destaques do longa ficam para Dustin Hoffman e Bill Murray. Hoffman, com duas participações interpreta um poderoso mafioso, Murray, um escritor que não revela seu nome durante toda a trama, mas tem a confiança e o abrigo do amigo Fico.
“A Cidade Perdida” transmite claramente o pensamento americano em relação a Fidel Castro e seu governo, mas mostra um país rico em cultura e belezas naturais. Rodado com apenas U$ 10 milhões Garcia dá o seu recado, e diga-se, num figurino impecável.
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