"Copa de Elite", o "Todo Mundo em Pânico" tupiniquim
Filme com Marcos Veras satiriza produções nacionais.
André RoedelPor André Roedel
Apesar da baixa qualidade, o cinema nacional nunca produziu tanto como nos últimos anos. São diversas produções, dos mais variados gêneros, surgindo nas telonas. Algumas se sobressaem, como “Tropa de Elite”, “Se Eu Fosse Você” e “Minha Mãe É Uma Peça”, grandes sucessos de crítica e público. Era inevitável que uma hora alguém tivesse a ideia de parodiar essas obras.
Foi assim que surgiu “Copa de Elite”, o nosso “Todo Mundo em Pânico”. Assim como o filme americano, o tupiniquim tira sarro dos filmes já citados incluindo um elemento em especial: a Copa do Mundo deste ano. Com Marcos Veras no papel do policial Jorge Capitão (numa clara alusão ao Capitão Nascimento de Wagner Moura), “Copa de Elite” surpreende por ser o que é: uma sátira do cinema nacional feita pelo próprio cinema nacional.
É difícil ver o próprio brasileiro tirando sarro de suas coisas, o que é comum nos EUA. Lá, os atores e diretores permitem serem chacoteados e levam tudo na esportiva. Um grande exemplo disso foi a última cerimônia do Globo de Ouro, quando Amy Poehler e Tina Fey “zoaram” grandes estrelas de Hollywood como se estivesse fazendo piada com um primo ou um irmão.
É claro que, como toda comédia nacional, “Copa de Elite” abusa do lugar-comum e dos personagens estereotipados. Também não conta com o melhor dos elencos: até a cantora Anitta, que tem como único atributo a sua sensualidade, está no casting. Se bem que, pensando por esse lado, é até aceitável. “Copa de Elite” estreia no dia 18 de abril.
Confira o trailer de “Copa de Elite”: