Cinema

Publicado: Quarta-feira, 7 de julho de 2010

De Drácula a Edward Cullen: entenda a saga dos vampiros no cinema!

Os sanguessugas fazem parte da cultura pop.

Por Guilherme Martins e Leandro Sarubo

Vampiros. Desde a infância nós conhecemos essas criaturas que sugam o sangue de vítimas inocentes, semeiam o terror e estão cada vez mais cravadas, como uma estaca, no coração da cultura pop.

Mas desde o desalmado Drácula de Bela Lugosi até o afeminado Edward Cullen, de Robert Pattinson, muita coisa aconteceu.

E aproveitando que os vampiros estão em alta atualmente, resolvemos relembrar um pouco sobre a história deste personagem mítico no cinema. Das grandes às nem tão robustas. Então seja bem vindo a lugares sombrios onde você jamais esteve. Pegue o seu crucifixo, a água benta e embarque nessa viagem na qual conheceremos um pouco mais sobre os sanguessugas (desde a época em que queimavam ao sol, até a fase em que começaram a brilhar mais que fantasia de carnaval)! Boa viagem!

 

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Max Schreck: o avesso de Robert Pattinson

O primeiro filme de vampiro feito no cinema foi a produção alemã Nosferatu (de 1922). A obra trazia o ator Max Schreck como o personagem principal, apresentado de maneira nada sedutora: era magro, careca, com aparência assustadora, orelhas pontudas e aparência repulsiva.

Em matéria de interpretação, Schreck também era diferente dos vampiros atuais, trazendo profundidade e um sofrimento palpável ao seu personagem, que foi condenado a viver na solidão por toda a eternidade.

Logo mais, no ano de 1931, o ator húngaro Bela Lugosi foi o responsável por trazer charme e sensualidade ao vampiro, no filme The Mark of the vampire. Muitos adoradores dessas obras consideram Lugosi como o grande responsável pela imagem sofisticada e sedutora que os vampiros passariam a ter até os dias de hoje.

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Christopher Lee: o Drácula definitivo?

O filme The horror of Drácula (de 1958) trouxe o ator Christopher Lee no papel do vampiro. O longa foi responsável por trazer mais violência e tons sobrenaturais ao cinema vampírico. Talvez tenha sido a primeira obra que cimentou o lado demoníaco da criatura com destaque nas cores dos olhos e no sangue exposto.

E é por isso que muitos consideram Lee como o autor do Drácula definitivo e sombrio.

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Vampiros acompanham a moda

A fase das diversas paródias envolvendo a criatura das sombras coincidiu com o início da década de 80, quando o cinema mudou a densidade e o estilo de seus roteiros para tomar o público da televisão, que desde então caprichou mais em suas histórias.

Em 1985 a cultura pop já abraçava o clássico da Sessão da Tarde A Hora do Espanto, filme em que já notamos o público jovem inserido nas tramas de vampiro. Mas, foi em 1987, com Garotos Perdidos, que os sanguessugas começaram a seguir pelo lado pop.

O longa trazia o ator Kiefer Sutherland (o invencível Jack Bauer, da cancelada série 24 Horas) como o líder de um bando de vampiros bad boys que usam roupa de couro e têm cortes de cabelo punk.

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De volta às origens

Em 1992 os vampiros ganharam ares mais refinados através do diretor Francis Ford Coppola, responsável por Drácula de Bram Stoker, um filme que promovia o retorno às origens do monstro, com um elenco composto de astros do calibre de Anthony Hopkins, Keanu Reeves e Gary Oldman.

Em 1994, outros bons atores se reuniram para recriar os vampiros da literatura na adaptação de Entrevista com o Vampiro, de Anne Rice, com astros como Brad Pitt, Tom Cruise, Christian Slater e Antonio Banderas.

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Couro, armas e caninos afiados

Com o filme Blade (de 1998), que trazia Wesley Snipes no papel título, os vampiros ganharam ares mais modernos e recheados de ação. Ao invés de cruz e estaca, o personagem carrega uma calibre 12 munida de estacas de prata, além de sua espada.

Logo depois, em 2003 surgiu o início da trilogia Underworld (Anjos da Noite), que traz a bela Kate Beckinsale como a vampira heroína Selena, numa roupagem moderna com muitos tiros e cenas ao melhor estilo Matrix.

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Dos livros e HQs para as telas...

Uma obra que também vale ser citada é o filme 30 Dias de Noite, baseado na HQ homônima e que apresenta vampiros atacando uma cidade do Alaska que fica sem a luz do sol durante trinta dias. Cruel, violento e desesperador, o filme com certeza deve ser assistido.

E baseado nos livros, não podemos deixar de citar o fenômeno dos discípulos de Stephenie Meyer, os vampiros delicados, virgens e amorosos da saga Crepúsculo. E esse perfil está mudando o modo como os mais jovens estão vendo a criatura.

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Um vampiro por semana

Alguém aí duvidava que as séries não teriam sede de sangue?

No início, é verdade, as produções eram capengas e nem sempre falavam propriamente dos vampiros, exceção feita, claro, às versões de Drácula que sempre pipocaram por aí.

O que muita gente não deve saber é que a onda do vampiro bonzinho não veio com Crepúsculo ou The Vampire Diaries. Ela surgiu com a candense – e fraquinha – Forever Knight, onde um vampiro vira detetive e começa a desvendar casos para pagar pecados e voltar a ter um coração batendo. Brega, né?

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O grande sucesso da década de 90 foi Buffy, que tornou Sarah Michelle Gellar ícone do showbiz. O sucesso da produção, sobre uma caça vampiros adolescente, foi tanto que originou a spin-off Angel, personagem vampiro que tinha enlaces com a loira Gellar e encantava a audiência.

No século 21, Blood Ties e Moonlight não foram geniais, mas atraíram muita gente. A primeira conta a história de um policial e um vampiro herdeiro de Henrique VIII. Moonlight, cancelada após 16 episódios, foi outra que insistiu no filão detetive-vampiro, sem sucesso.

Falando em sucesso, a Warner, após Supernatural, apostou no sobrenatural em The Vampire Diaries, um dos seriados mais vistos por aqui.

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O sangue "O negativo" fica por conta de True Blood, que chega à terceira temporada no auge de suas analogias. A crônica do mundo contemporâneo realizada sob a imagem dos imortais foi a grande novidade dos últimos anos, e é a única que motivou o lançamento de todas as suas temporadas em Blu Ray no Brasil.

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