Eclipse
Leia a crítica do novo filme da saga!
Guilherme MartinsPor Guilherme Martins
Eu tento. Juro que tento ser imparcial com os filmes da saga Crepúsculo. Mas confesso que a culpa é do vampiro gentil e inexpressivo, que não me permite nem tentar gostar do filme...
Fui assistir Eclipse nos cinemas com a promessa de que seria o melhor filme da série. De fato é. Mas daí vem o problema: é como dizer, por exemplo, “essa foi a virose mais branda que já me deu”. Embora seja branda, continua sendo uma virose.
E o vírus Edward Cullen continua me dando náuseas, não importa o que digam. Juro que já não sei se a falta de carisma e expressão faz parte do personagem. Já que me recuso a imaginar que a essa altura do campeonato ninguém tenha cogitado trocar Pattinson por um mancebo ou um espantalho. E para combinar claro que como a mulher do casal (agora estou me referindo a exemplar do sexo feminino e não ao que parece uma mulher), continuamos tendo a atriz “mono expressiva” Kristen Stewart.
A dúvida é: porque ficar babando tanto pela insossa sendo que qualquer outra mulher figurante que aparece por milésimos de segundo no filme, aparenta ser mais atraente e interessante?
Por outro lado, o maior acerto do longa é na escolha dos coadjuvantes para dar o tom. E é aí que temos boas surpresas, revelando o passado interessante de alguns personagens antes secundários. Revelam-se aí bons atores. E também temos um bom diretor, além de uma qualidade técnica superior. Porém fica a dúvida: não é estranho que em um filme os atores secundários sejam mais competentes do que os principais?
Aliás, estranho é a palavra chave para o filme. Imagine as seguintes situações: arrancam a cabeça de um vampiro e ao invés de um banho de sangue, ele simplesmente quebra como vidro (???). Ou o vampiro que ama a sua namorada, mas pede para um outro deitar com ela embaixo dos cobertores para esquentá-la. Ou ainda quando esse mesmo vampiro vê a amada beijando outro, e como justificativa ela lhe diz “eu o amo, mas amo mais você”, seguido da compreensiva resposta dele “eu sei” - e tudo fica por isso mesmo. Coisas de Crepúsculo! O Drácula não perdoaria, garanto...
Não é a toa que as mulheres caem de amores pela situação. De um lado, o vampiro mais compreensivo e corno do universo. Do outro, o lobisomem de tanquinho e tatuagem... Ambos brigando pelo amor dela e ambos bananas a ponto de nunca exigir uma postura definitiva da moça! Prova disso é que o filme acaba exatamente da mesma forma que começou: todo mundo ama todo mundo e absolutamente nada muda! E também não é a toa que muitos casais saíram separados e brigados da sala de cinema...
Resumindo, é uma obra completamente dispensável, mas que não importa o quanto falem mal, vai continuar cativando os fãs hipnotizados. Resta apenas assistir esperando (em vão) algo melhor da próxima vez...
Confira o trailer do filme! |
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