"Jogos Vorazes" testa sua popularidade no Brasil
Livro que originou o filme é sensação nos EUA.
Camila BertolazziÓbvio como quase todo produto dedicado ao público adolescente com um pé na "maturidade". Este é "Jogos Vorazes", livro que baseia o blockbuster homônimo com estreia mundial programada para 23 de março.
Campeão de aparições no ranking da New York Times, o livro relata a trajetória de Katniss Everdeen, jovem de 16 anos que vive num país chamado Panem (um pseudônimo para América do Norte). Os benditos "Jogos" que batizam a obra se resumem a um evento de luta disputada anualmente entre garotos e garotas de cada distrito. Os embates, claro, só terminam quando um dos oponentes morre. Tudo transmitido via televisão e apoiado pela cidade mais importante da história, jocosamente chamada "Capital".
Não é preciso se estender muito para captar as analogias banais em cada detalhe da história, cuja trilogia renderá mais três filmes (o último livro será repartido em dois vídeos, a exemplo de "Amanhecer", da saga Crepúsculo). O capitalismo é o grande vilão da produção, idealizada pela escritora Suzanne Collins durante um zapping pela TV – o estalo surgiu após observar, em um mesmo horário, exibições de um reality show e um noticiário sobre a Guerra do Iraque.
O leitor pode argumentar que ótimas obras surgiram a partir de análises e conexões despretensiosas. É mesmo verdade. A Ideia genial não tem mesmo um espaço delimitado para nascer. Porém, o input de Collins não pode ser chamado de ideia. Trata-se de senso comum - da pior qualidade, diga-se. E é exatamente por isto que é absurda a esfera revolucionária que envolve “Jogos Vorazes”.
O trailer da produção, que promete recriar a “originalidade” literária, você confere abaixo: