Juntos pelo Acaso
Leia a crítica desta comédia sobre a paternidade!
Guilherme Martins
Por Guilherme Martins
Já passou pela cabeça de todos, homens ou mulheres, como seria ter um filho. Eu mesmo muitas vezes me pego pensando se seria um bom pai. Planejar a criança, acompanhar as mudanças no corpo da sua parceira, a barriga crescendo, esperar e se preparar por nove meses... Porém, nem sempre a dádiva da maternidade te dá o privilégio de todo esse preparo. E o filme Juntos pelo Acaso fala justamente sobre isso.
Na trama, Holly Berenson (interpretada pela nova “queridinha das comédias românticas” Katherine Heigl) tem um encontro às escuras com Eric Messer (Josh Duhamel, de Transformers 1 e 2). A noite é arranjada por um casal de amigos que ambos têm em comum. E depois do encontro eles descobrem outra similaridade: a antipatia de um pelo outro.
Porém, um trágico acidente vitima seus amigos e deixa órfã a pequena Sophie. E, por ironia do destino, Holly e Messer descobrem que o último desejo do casal era de que eles recebessem a guarda da bebezinha. Agora eles terão de lidar com suas diferenças e com a criação de uma criança que caiu de pára-quedas em suas vidas.
Como toda comédia romântica (com pitadas de drama), fica difícil a obra não esbarrar nos clichês do gênero, porém os atores protagonistas seguram as rédeas e tornam o filme mais agradável devido a química entre os dois. Isso sem falar na fofíssima Sophie (que na realidade é interpretada pelas trigêmeas Alexis, Brynn e Brooke Clagett). A bebê rouba a cena e chama toda a atenção nos momentos em que aparece, seja pelas suas carinhas ou pelo seu jeitinho cativante de amolecer o coração de qualquer um.
As situações hilárias de um casal completamente despreparado para exercer a função de paternidade também dão o tom ao longa. Principalmente pelo jeito (ou falta de) do personagem Messer em lidar com um pequeno ser humano. As situações mais bizarras e politicamente incorretas em relação a criança surgem dele. Deixar a criança cair do colo, dar salgadinhos como refeição ou carrega-la como se fosse um saco de arroz são apenas algumas das coisas que vemos na obra e deixam quaisquer pais responsáveis de cabelo em pé. E a protagonista feminina, por sua vez, não decepciona. Katherine Heigl, além de ter uma beleza estonteante, também já provou inúmeras vezes ser dotada de talento para o gênero. E com este filme, não poderia ser diferente.
O roteiro, por sua vez, ainda que tenha as inevitáveis e já citadas “situações comuns”, em outros aspectos acerta em cheio, como na evolução dos personagens ao longo da obra e nas suas mudanças de prioridades. Trata-se de um filme que dá espaço para o enriquecimento dos protagonistas sem atropelamentos, tudo ao seu tempo. E o tema também nos leva à reflexão.
Se você quer apreciar uma comédia romântica politicamente incorreta, inteligente e com situações hilárias, é uma boa pedida!
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