O Procurado

Por Guilherme Martins

O melhor filme de ação do ano! Foi com essa idéia que assisti ao filme O Procurado (Wanted). Desde seus primeiros anúncios e trailers, sabíamos que iria se tratar de um blockbuster baseado em HQ (história em quadrinhos).

Só com essa premissa, o filme já teria chamado a minha atenção, considerando a história recente e bem-sucedida de filmes dessa linha, como o excelente e visualmente magnífico Sin City. Porém, quando revelaram o nome do diretor, tive certo receio. O autor do meu temor chama-se Timur Bekmambetov, diretor russo responsável pelos filmes Guardiões da Noite e sua continuação Guardiões do Dia. Ambos filmes visualmente belos, mas com uma história extremamente descerebrada, a ponto de não merecerem mais nenhum caractere desperdiçado para descrevê-los ou comentá-los.

Acontece que, com Procurado, o diretor mostra uma excelente forma em dirigir filmes com cenas incríveis de ação, daquelas de tirar o fôlego. E a história? Bem, o filme até tem um roteiro legalzinho e com algumas surpresinhas que prendem os espectadores.

Na trama, Wesley Gibson (interpretado pelo novato e divertido ator James McAvoy) é um rapaz com uma vida demasiadamente fracassada em todos os sentidos possíveis. Sua namorada o trai com seu melhor amigo, é freqüentemente humilhado por sua chefe e mora em um apartamento pequeno e sujo.

Tentando achar uma razão para sua vida, Wesley é surpreendido por Fox (a sempre bela Angelina Jolie), uma assassina de uma sociedade secreta centenária chamada Fraternidade, que aparece para avisar que o pai de Wesley (também membro da Fraternidade), que ele sequer conhecia, foi morto. Assim, a missão de Wesley é vingá-lo e aceitar seu destino, que é o de se tornar um assassino tão bom como seu pai (que era o melhor).

Se você achava que filmes como Missão Impossível, forçavam a barra em cenas de helicópteros em túneis ou piruetas com motocicletas, prepare-se. Em O Procurado, vemos carros voando e dando cambalhotas, tiros que fazem curvas, pessoas que arrancam as asas de mosquitos com tiros de pistola e outros tipos de estripulias absurdas.

Mas se é ação que você procura, ficará extasiado com as inúmeras cenas que o filme tem. Todas muito bem feitas, com efeitos visuais bem apurados. Outra coisa interessante (e bastante divertida) do filme é a total banalização da violência. Cenas de miolos explodindo com tiros em câmera lenta são mostradas a todo o tempo e com uma naturalidade ímpar, como se fossem cenas de beijo em filme romântico.

Também destaca-se a atuação do excelente ator Morgan Freeman, como Sloan, o líder da Fraternidade.

Para quem curte ação desmedida e tiros (muitos tiros), o filme é imperdível. Não sei se é o melhor filme de ação do ano, mas sem dúvida alguma, é o mais divertido. Então desligue o cérebro e embarque nessa!

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