RED - Aposentados e perigosos

Por Guilherme Martins

Aposentados geralmente são aqueles que abandonaram a sua atividade profissional. Em alguns casos por não disporem de condições físicas para continuarem exercendo o serviço, em outros por cumprirem o tempo determinado de trabalho e contribuição, ou até mesmo por estarem “velhos demais”.

Porém, alguns desses aposentados tachados de “velhos” demonstram fôlego e experiência suficiente para ainda estarem na ativa. E é justamente disso que fala o filme RED – Aposentados e perigosos.

Na trama, Frank Moses (Bruce Willis) é um agente da CIA reformado que leva uma vida relativamente normal, se dedicando a cortejar uma jovem atendente de telemarketing chamada Sarah Ross (Mary-Louise Parker). Porém, certo dia Frank é atacado de surpresa por um bando de agentes encapuzados e é obrigado a reviver os seus dias de ação. Então ele embarca numa corrida contra o tempo que o levará a “raptar” a jovem Sarah Ross e reunir a velha equipe de agentes da CIA que, em tempos, foi considerada uma das mais perigosas, letais e eficazes.

Com a ajuda do lunático Marvin Boggs (interpretado pelo hilariante John Malkovich), da mortífera Victoria (a eterna rainha Helen Mirren) e do grande amigo Joe Matheson (Morgan Freeman), Frank inicia uma luta contra a própria CIA, no intuito de desocultar uma conspiração governamental e de salvar suas vidas.

Não, caro leitor. Você não leu errado. Realmente o elenco do filme conta com Bruce Willis, Morgan Freeman, John Malkovich, Helen Mirren e Mary-Louise Parker. E com um elenco desses, já era de se esperar um filme diferenciado.

Absolutamente todos os atores estão afiadíssimos na obra. E em cena, todos se completam como se fossem engrenagem para um propósito maior, o de abrilhantar o produto. Bruce Willis está à vontade no papel de macho e matador (como já o desempenhou em diversos outros filmes); Malkovich é o responsável pelas gargalhadas do longa, com seu personagem altamente lunático, desequilibrado e hilariamente imprevisível; Freeman, bem, este dispensa comentários; e a rainha Helen Mirren é charmosa, imponente, jovial e agracia a todos com sua atuação. Particularmente, só o fato de vê-la empunhando uma metralhadora já valeu o ingresso.

O filme, por ser baseado em uma HQ (história em quadrinhos), assume um tom que mistura ação desenfreada, comédia e um visual deslumbrante. Portanto, não espere realismo ou seriedade nas cenas de ação. O recomendável é apenas embarcar na proposta, assim a diversão é garantida.

Por fim, a obra representa uma injeção de ânimo e fôlego novo no cinema de ação, reunindo alguns grandes “monstros” da sétima arte, cujo talento e carisma estão muito longe de se aposentar. Imperdível!