Cinema

Publicado: Sábado, 24 de abril de 2010

True Blood

Leia a crítica dessa assustadora e sexy série de vampiros!

True Blood
Na série uma humana se apaixona por um vampiro, mas não se engane, Crepúsculo não chega nem aos pés
Por Guilherme Martins
 
Quando critiquei o filme Crepúsculo, dei uma dica de uma série muito boa chamada True Blood. Também a recomendei para os fãs de histórias de vampiros que queriam ver criaturas das trevas de verdade, ao invés dos adolescentes puros e castos do filme. Na verdade, aqui eles são completamente o avesso disso tudo e chega a ser um pecado comparar a magnífica série ao enfadonho filme.
 
A série foi criada pelo genial Alan Ball, o mesmo de A Sete Palmos (outra série muito boa) e do filme Beleza Americana, e é baseada nos livros Southern Vampire, de Charlaine Harris. Nela, vampiros e humanos vivem em certo equilíbrio, depois que japoneses desenvolvem um sangue sintético para exportação. Com essa invenção, os vampiros saem das tocas e buscam viver pacificamente (pelo menos a maioria) com os homens, além de brigar por direitos iguais. Nesse ponto, a série vai além do terror e do sangue, partindo para crítica social, tratando de temas complicados como preconceito, homossexualidade, consumo de drogas, entre outros.
 
O ponto de partida é que, numa cidadezinha caipira de Louisiana, chamada Bom Temps, as coisas se complicam quando o vampiro Bill Compton (interpretado pelo talentoso Stephen Moyer) se envolve com a mortal Sookie Stackhouse (Anna Paquin, a vampira de X-men), uma garçonete inocente que lê a mente das pessoas.
 
A série, que iniciou sua segunda temporada na TV americana, explora o preconceito e intolerância dos moradores da pequena cidade em relação ao relacionamento do casal. Outro lance bem legal é que nas cenas em que a protagonista “ouve” o pensamento dos outros, percebe-se o quão assustadoras, doentias e rasas as pessoas podem ser quando se trata de algo que elas temem ou simplesmente não conhecem, como no caso, os vampiros.
 
Mas não se engane, achando que essa é apenas uma daquelas séries “cabeça”, pois o que não faltam são ingredientes de suspense, sangue e humor negro. Outro ponto alto da série é a abordagem agressiva e crua na concepção das cenas. Uma característica muito marcante e sempre presente nas séries do canal HBO.
 
As atuações são brilhantes, cativantes e convincentes, de forma que fica até difícil escolher qual o personagem que nos desperta mais afeição. Temos Bill, o sombrio vampiro protagonista; Tara, a desbocada melhor amiga de Sookie; Jason, o irmão de Sookie, que é tão dedicado ao sexo quanto um cão é dedicado ao osso.
 
E vale o aviso, aqui no Brasil a série recebeu a censura de 18 anos. Então, ao contrário de Crepúsculo, ela não é recomendada para a sua irmãzinha de 13 anos. E a censura é justa, pois em True Blood o amor entre o vampiro e a mortal não é o tipo de amor visto nos livros de Stephenie Meyer.
 
Então, se você gosta de vampiros, sensualidade, de histórias maduras e inteligentes, e de atores de qualidade, fica a recomendação.
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