Gripe Influenza A: o inferno do inverno!
Temos no cenário mundial um novo “habitante” que veio para ficar: o vírus influenza A H1N1. Em “velocidade sem precedentes”, ocupou o mundo.
A Organização Mundial de Saúde afirma que não há mais necessidade de contabilização individual de casos, as estatísticas estão defasadas e todos já sabem que agora esse vírus circula livre pelo mundo. As condutas clínicas não dependem dos resultados do exame laboratorial.
As medidas de contenção da gripe como identificação dos casos, tratamento, isolamento e seguimento dos contatos deixam de ser prioridade. O foco agora é no combate das complicações da gripe e produção de uma vacina para 2010.
Para que a concentração nesses esforços seja eficiente e sustentável, não podemos abandonar nosso papel inteligente de fazer uma lição de casa que é peça fundamental na cadeia de cuidados para prevenção da gripe.
Incorpore no cotidiano lavar as mãos mais vezes, usar lenços descartáveis, cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar, evitar colocar as mãos nas mucosas do olho, nariz e boca, alimentação saudável e hidratação adequada. Evite, se puder aglomerações e lugares fechados durante esse inverno, período que ainda seremos mais suscetíveis à propagação da gripe.
O Brasil agora é considerado país com transmissão sustentada, ou seja, o vírus circula independentemente do vinculo com outros países. Na região que estamos (DRS -Sorocaba ) temos 14 casos confirmados até 16/7.
Essa é uma gripe com sintomas comuns, que se confundem. O importante é estar atento à evolução dela. Se a febre é maior de 38º, acompanhada de tosse e falta de ar, procure um medico. Pessoas de grupos de risco como crianças, idosos, gestantes, asmáticos e imunodeprimidos devem estar atentos aos primeiros sintomas. Nesse estagio de triagem, orientação e tratamento, as pessoas podem com confiança procurar os serviços de saúde como postos e ambulatórios. Não há necessidade de ir ao hospital se seu caso for uma gripe leve e você não possuir nenhum risco correlacionado. Observe-se.
É importante também a consciência de cada um que essa gripe se transmite em até sete dias após o inicio dos primeiros sintomas e em crianças, 14 dias. Nessa fase, após orientação médica, se possível deve-se ficar em casa para colaborar efetivamente com a contenção da transmissão da gripe em ambientes públicos.
Ainda sabemos pouco sobre essa nova gripe, a mortalidade dela é baixa, mas surpreende com casos de morte em adultos jovens. O caminho é longo até que a não concluída vacina contra essa gripe seja a opção mais eficaz. A União Européia aponta cerca de 60 milhões de pessoas em grupos de risco que deverão ser vacinadas antes do próximo inverno, aonde há previsão de uma segunda onda da gripe A. Talvez a vacina fique pronta para uso em larga escala em setembro.
Por aqui não será diferente, há muito que se fazer até o próximo inverno e a colaboração de todos se faz necessária.
O monitoramento da situação da gripe e a priorização de atenção para os casos graves ou com potencial de complicações levará a reorganização da rede de saúde do país. A evolução será colaborativa, interativa e necessária.
Existe no país um Sistema de Vigilância Sentinela à gripe A com 62 unidades, além de 68 hospitais de referencia com cerca de 900 leitos para isolamento. Há matéria prima para nove milhões de tratamentos gratuitos garantidos.
Temos, portanto que fazer nossa parte, entendendo o caminhar da doença no mundo e colaborando nas informações e cuidados individuais.
Evite a automedicação que acaba provocando resistência viral, como já se observa no Reino Unido, Japão e Hong Kong.
Portanto, sinta-se convocado a ser uma pessoa bem informada, sem pânico e confiante no sistema de saúde mundial. O esforço coletivo do mundo fará com que superemos mais essa surpresa invisível.
Cuidar de sua Saúde é uma questão de respeito a si mesmo e a todos que o rodeiam.
O site do Ministério da Saúde traz informações atualizadas diariamente: www.saude.gov.br
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