12 Anos de Escravidão

O vencedor do Oscar de Melhor Filme deste ano fez por merecer o prêmio. Com grandes atuações e uma fotografia excepcional, 12 Anos de Escravidão já entrou – pelo menos na minha modesta opinião – no rol dos filmes obrigatórios. Tudo nele foi bem executado: da direção caprichada de Steve McQueen até as interpretações fantásticas de Lupita Nyong’o e Michael Fassbender.

Baseado em um livro de memórias homônimo, 12 Anos de Escravidão conta a história de Solomon Northup, um negro livre que é raptado e vendido como escravo. Ele passa 12 anos de sua vida tendo que trabalhar forçadamente para um mestre inescrupuloso e sádico (Fassbender) e longe de seus filhos e sua esposa.

Chiwetel Ejiofor interpreta Solomon (que é chamado por seu senhorio de Platt), numa atuação capaz de retratar somente com o olhar o sofrimento vivido por ele. Ejiofor consegue colocar o espectador na pele do personagem, fazendo com que quem assista reflita ao menos por alguns instantes sobre todo o mal que os negros sofreram durante o período de escravidão.

Mas quem rouba mesmo a atenção é a queniana Lupita Nyong’o, uma grande revelação do cinema mundial. Na pele da escrava Patsey, que é constantemente açoitada pelo personagem de Fassbender, Lupita mostra que veio para fazer história no mundo da sétima arte. Tanto é que a Academia já percebeu isso e reconheceu o trabalho dela com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.

Mais do que um filme sobre a escravidão, 12 Anos de Escravidão é um lembrete para a atual geração de todas as barbaridades cometidas pelo homem branco ao passar dos tempos. E, por mais que você não se veja culpado pelo ocorrido, é importante conhecer essa história para que ela só seja mesmo revista através da arte.