Publicado: Quarta-feira, 11 de julho de 2007
A evolução do rock mundial
Camila BertolazziDécada de 50: os primeiros passos
Os primeiros passos do rock’n’roll foram dados na década de 50, quando o ritmo ainda era bastante influenciado pela sua origem: o blues. Considerado o pai do rock, Bill Haley, transformou a música baseada no country, e a criou numa nova batida rítmica - rápida, acentuada e dançante.
Os primeiros passos do rock’n’roll foram dados na década de 50, quando o ritmo ainda era bastante influenciado pela sua origem: o blues. Considerado o pai do rock, Bill Haley, transformou a música baseada no country, e a criou numa nova batida rítmica - rápida, acentuada e dançante.
Bill e sua banda, The Comets, foram os responsáveis pelo sucesso “Shake, Rattle and Roll”, um dos primeiros sons roqueiros a tocar nas rádios, em meados de 1954. O rei do rock, Elvis Presley (foto), surgiu no ano seguinte, e conquistou uma legião de fãs, graças ao seu rebolado revolucionário e canções que uniam diversas vertentes, como folk e rhythm & blues.
Ao mesmo tempo, Chuck Berry aparecia na paradas graças ao apelo rebelde de suas músicas, que chocavam grande parte da sociedade conservadora da época. Já Little Richard, era temido com seu visual afeminado. Usava maquiagem em excesso e tinha um penteado exótico. Little foi o responsável pelo verso que viria a ser para sempre o grito de guerra mais conhecido do rock: "a wop bop a loo bop a lop bam boom”, da canção “Tutti Frutti”.
Década de 60: A transgressão
Nos anos 60, a importância do rock não estava mais focada em sua batida dançante e escandalosa, mas sim na contestação e nos protestos ideológicos, que culminaram como a década dos “Anos Rebeldes”.
O marco mais importante desse período foi a estrondosa aparição de quatro jovens de Liverpool nas paradas de sucessos da Europa e Estados Unidos – The Beatles (foto), que tiveram como primeiro hit a música “Love me Do”.
Amante do folk e ativista social, o então jovem Bob Dylan aparecia como um contestador político, ao mesmo tempo que movimentos pacifistas e manifestações contra a Guerra do Vietnã se espalhavam ao redor do mundo.
Amante do folk e ativista social, o então jovem Bob Dylan aparecia como um contestador político, ao mesmo tempo que movimentos pacifistas e manifestações contra a Guerra do Vietnã se espalhavam ao redor do mundo.
Os Rolling Stones, barulhentos e desgrenhados, começavam a agradar os roqueiros insatisfeitos com o jeito cordial e polido de John Lennon e sua trupe. Em 1969, o Festival de Woodstock torna-se o símbolo dos jovens que buscavam a liberdade de expressão. Sob o lema "paz e amor", meio milhão de pessoas compareceram ao seu primeiro concerto, que contou com a presença de Jimi Hendrix e Janis Joplin.
Conjuntos como The Who, Jefferson Airplane, Led Zeppelin e The Doors também são as revelações desse período.
Década de 70: Punk-rock e discotecas
Nos anos 70, o rock é dividido em dois segmentos principais: os sons pesados e rebeldes, contra as inovações dançantes da disco music, que começava a se aproximar das guitarras.
Neste primeiro grupo, nasce o obscuro heavy-metal, inaugurado por bandas cultuadas até hoje, como Judas Priest e Black Sabbath (foto), que se desvencilhavam do clima hippie com melodias pesadas e letras assustadoras focadas em demônios, maldição ou composições contestadoras.
A música punk, nascida em Nova Iorque, logo viria a integrar esta parcela revolucionária, porém de execução simples. De origem operária e suburbana, os grupos demonstravam seu ódio contra o sistema e a classe bem-remunerada. Bandas como Sex Pistols, que difamaram a rainha; e os Ramones, que criaram um estilo de três acordes (notas musicais) – acelerados, violentos, com duração mínima.
Ao mesmo tempo, nas pistas, outro estilo musical desponta com os sucessos de figuras como Elton John e David Bowie, e as casas noturnas são equipadas com globos de espelhos, que se espalham rapidamente pelo planeta. Era a fase da moda disco, que depois se afastaria definitivamente do rock.
O rock progressivo também veio à tona e deixou de queixo caído aqueles que estavam acostumados a ouvir música nos padrões e tempos tradicionais - Pink Floyd, Genesis e Yes criaram composições experimentais e extremamente elaboradas, fazendo viagens sonoras com suas músicas que duravam mais de dez minutos.
Década de 80: Rock na Tv
Apesar de ser uma década muito criticada devido sua produção de gosto duvidoso, os anos 80 foram marcados pela convivência de vários estilos no rock e por sua popularização, graças à MTV, que começou a transmitir músicas num novo formato, o vídeo clipe.
A new-wave foi o estilo de maior sucesso, graças ao seu ritmo dançante, bem ilustrado por bandas como Sugarcubes e B52’s, ao mesmo tempo que The Smiths, R.E.M e U2 (foto) provaram que ainda era possível fazer canções mais puristas, compostas apenas por guitarras, baixos e baterias.
Outra faceta veio à tona, o thrash metal, que ilustrava a violência e o caos político, com os primeiros passos do Mötörhead e Venom, seguidos por Metallica, Slayer e Anthrax. Já as baladas e acordes mais suaves ficaram com Bon Jovi, Guns’n’Roses e White Snake.
Década de 90: Grunges e o brit-pop
Depois do glamour nas roupas, shows e atitudes dos anos 80, uma corrente de oposição ao brilho e ao visual exagerado tornou-se o grande fenômeno dos anos 90: o movimento grunge, que conviveu com as novidades que misturavam heavy-metal com rap e funk, junto com uma cena alternativa de grande força inglesa.
O gr
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