Economia & Negócios

Publicado: Sábado, 18 de outubro de 2008

Origem do FIB - Felicidade Interna Bruta

Florestas devastadas. Rios poluídos. Trabalho escravo. Cidades com amplos bolsões de pobreza. Pessoas estressadas e com as mais diversas doenças, devido aos impactos do caos ambiental e de um dia-a-dia cada vez mais alucinante. Efeitos colaterais do desenvolvimento econômico medido pelo PIB (Produto Interno Bruto), o índice de desenvolvimento usado por todos os países industrializados.
 
O PIB é eficiente em medir a quantidade de riqueza que um país consegue gerar com suas atividades produtivas – comércio, indústria e serviços, por exemplo. E os governos o usam para formular suas políticas públicas, buscando formas de gerar mais riqueza, mais rápido. Mas diante de tantos problemas sociais e ecológicos, economistas do mundo inteiro – inclusive os ganhadores do prémio Nobel Joseph Stiglitz e Amartya Sen, estão questionando o uso do PIB, e propondo novos índices de desenvolvimento.
 
O mais instigante deles surgiu num pequeno e isolado país dos Himalaias, o Butão, onde há cerca de 10 anos os governantes decidiram de, em vez de medir o desenvolvimento de seu país pela riqueza acumulada, medir a felicidade de seus cidadãos. Afinal, não é isso que toda a riqueza dos países deveria proporcionar às pessoas? Assim nasceu o FIB (Felicidade Interna Bruta).
 
Em oposição ao PIB (Produto Interno Bruto), o FIB incorpora a felicidade como elemento indispensável para o progresso de uma cidade, estado ou país, e propõe nove pontos que devem ser atendidos por cidadãos e pelo governo: bom padrão de vida econômica, educação de qualidade, boa saúde, vitalidade comunitária, proteção ambiental, bom gerenciamento do tempo, boa governança, acesso à cultura e bem estar psicológico. Do Butão, o FIB se espalhou pelo mundo e hoje é estudado por intelectuais e pesquisadores do Canadá, dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia, que se encontram em congressos anuais que atraem centenas de pessoas de todos os continentes.
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