Publicado: Quinta-feira, 1 de março de 2007
Apadai
Camila BertolazziPor Camila Bertolazzi
“Enquanto houver duas pessoas surdas sobre a face da terra e elas se encontrarem serão usados sinais.”
“Enquanto houver duas pessoas surdas sobre a face da terra e elas se encontrarem serão usados sinais.”
Todos aqueles que visitam a Apadai (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos de Itu) podem ler essa frase simples, mas que representa muita coisa na vida de um surdo.
A Apadai surgiu em 1992, quando um grupo de pais e amigos (o que deu origem ao nome da entidade) se reuniu para dar assistência a portadores da deficiência auditiva.
Diferente do CEMADA (Centro Especializado Municipal de Atendimento ao Deficiente Auditivo), que oferece aulas de reforço, a Apadai fornece aos que precisam, pré-moldes, para os diferentes graus de deficiência (leve, profunda e severa), e vende a preço de custo, as pilhas dos aparelhos, que devem ser trocadas de 8 a 10 dias.
Além desse tipo de assistência, a entidade também orienta as famílias de como cuidar de um deficiente, pois segundo o diretor da Apadai, Valdir de Almeida, muitos chegam até eles sem saber como agir diante dos filhos.
Palestras educativas com diferentes temas também são realizadas, entre elas, sobre como inserir o deficiente no mercado de trabalho. Segundo a secretária da entidade, Formosa do Amaral, a mesma já encaminhou pacientes da Apadai para várias empresas da cidade, como a Emicol, a Mabe, a Bravox, o Carrefour e a Schincariol.
Grande parte da renda da Apadai é através de doações. “Os aparelhos auditivos que nós fornecemos para os mais necessitados geralmente são doados por empresas da região”, afirma Valdir. E completa: ”Também realizamos bazar da pechincha e o curso de libras”. O curso oferecido pela entidade tem duração de cinco meses, e ensina os participantes os procedimentos básicos para se comunicar com os surdos.
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