Entrevista com Erik Santana, guitarrista da banda Balaio Bento
Renan Pereira
Itu.com.br - O que você pensa sobre o movimento de arte independente na cidade de Itu?
Erik Santana - Na cidade de Itu o movimento ainda é desorganizado. Existem diversas coisas acontecendo, mas acho que as atividades não se interligam. Assim, o público não acha graça em nada, pois fica uma formiguinha trabalhando para cada lado.
Itu.com.br - Fale sobre sua trajetória na música independente.
E.S - Desde 2002 trabalhamos com a banda em casas noturnas e festas. Em 2008 participamos do maior estival de música independente de São Paulo, o Cena Musical Independente. Foi a primeira vez que fizemos um show somente com nossas músicas. A partir daí estamos investindo em nosso trabalho autoral.
Itu.com.br - A banda Balaio Bento tem algum tipo de patrocínio? Como foram gravados os CDs do grupo?
E.S - Não temos patrocínio. Gravamos com nosso próprio dinheiro.
Itu.com.br - Existem lugares para expressar a arte na cidade de Itu?
E.S – Sim, existem sim! São muitos os lugares. Mas como disse, eles não estão interligados.
Itu.com.br - Como tem sido a relação do governo local com artistas independentes? Existem projetos em prol destes?
E.S - Não.
Itu.com.br - Alguma vez você (ou algum integrante do grupo) procurou a Prefeitura da cidade para organizar algum tipo de evento? Como foi?
E.S - Não.
Itu.com.br - O que a internet modificou na cena da música independente? Qual é a relação da banda com ela?
E.S - A internet modificou drasticamente o nosso contato com o público. Podemos enviar nossas músicas para o ‘myspace’ e ficar antenados com tudo o que acontece. Confira: www.mysapce.com.br/balaiobento. Com a internet divulgamos shows, falamos com os amigos que nos acompanham e ainda por cima divulgamos nosso trabalho autoral para todo mundo. É incrível.
Itu.com.br - Qual é o futuro da arte independente?
A arte independente tende a ser a realidade para todos os artistas. Não existe mais o sonho de ser descoberto por uma gravadora por exemplo. Hoje você precisa produzir e colocar a cara para bater.