Publicado: Quinta-feira, 18 de outubro de 2007
18 de outubro - Dia do Médico
Leia a síntese de um estudo sobre o novo perfil do médico
Deborah DubnerNo dia do Médico, o itu.com.br divulga a síntese de uma pesquisa que foi feita pelo Conselho Regional de Medicina de SP (Cremesp).
O novo perfil do médico
O Conselho Regional de Medicina (Cremesp) divulgou nesta terça-feira, 16 de outubro de 2007, levantamento inédito sobre o perfil dos cerca de 92.500 médicos que atuam no Estado de São Paulo. As informações fazem parte de uma série de estudos do Cremesp sobre o “Perfil do Médico”. No dia 9 de outubro o Cremesp divulgou levantamento sobre denúncias e processos contra médicos.
A seguir as principais conclusões do estudo :
A seguir as principais conclusões do estudo :
1 - Pela primeira vez, mulheres são maioria entre os novos médicos inscritos
A inscrição de novos médicos no Cremesp revela uma mudança histórica: entre os 3.030 formandos que se inscreveram em 2006, 1.568 eram mulheres e 1.462, homens. Pela primeira vez no Estado, as mulheres se tornaram maioria: 51,75% dos que se iniciaram na carreira eram médicas, 48,25% eram médicos. No conjunto, a profissão médica ainda é predominantemente masculina. Dentre 92.558 médicos inscritos no Cremesp, 35.500 são mulheres e 57.058 são homens. As mulheres representam 38,35%, os homens 61,65%.
2 - Há cada vez mais médicos jovens no mercado de trabalho
Mais de um quarto dos médicos ou 28,67% está no exercício da profissão há nove anos ou menos. Metade desse grupo, ou 14,42% do total de médicos, trabalha há quatro anos ou menos. A média de idade dos médicos é de 42 anos.
3 – Número de médicos cresce duas vezes mais que a população
De 1980 a 2006, a população do Estado de São Paulo cresceu 63,94%, enquanto o número de médicos em atividade aumentou 247,41%. A população passou de 25.042.074 para 41.055.761 e o contingente de médicos subiu de 26.630 para 92.558. Em 1980, havia 1,06 médicos por mil habitantes, ou 940,4 moradores para cada médico. Hoje a taxa no Estado é de 2,3 médicos por mil habitantes, ou 444 moradores para cada médico. 65% dos médicos do Estado estão morando – e provavelmente atuando – onde residem 41% da população
4 - Estado de São Paulo concentra mais médicos que Canadá. Botucatu, Santos e Ribeirão Preto têm as maiores concentrações de médico do mundo.
Seis cidades do Estado de São Paulo têm mais de quatro médicos por mil moradores: Botucatu tem 6,10 médicos por mil habitantes, a maior taxa. Santos tem 5,94 médicos por mil. Em seguida vêm Ribeirão Preto, com 5,70 médicos para cada mil habitantes; Campinas, com 4,84 médicos por mil; São Caetano do Sul, com 4,45 por mil; São José do Rio Preto, que tem 4,30 médicos por mil habitantes e São Paulo, com taxa de 3,96. Mas existem 136 municípios paulistas que não têm médico morando em seu território. Ao comparar a taxa de médicos por mil habitantes em São Paulo com 30 países selecionados, as três cidades campeãs de concentração de médicos no Estado (Botucatu, Santos, Ribeirão Preto) têm taxa superior a todos os países analisados. Ou seja, estão entre as maiores concentrações de médicos do mundo. Campinas e São José do Rio Preto só perdem para a Grécia, sendo que as duas cidades concentram mais médicos que a Bélgica. Já a cidade de São Paulo está à frente de Itália, Espanha e Suíça dentre outros países. O Estado de São Paulo como um todo concentra mais médicos que o Canadá.
5 - Menos de 40% dos médicos cursaram Residência Médica
Dentre os médicos em atividade no Estado de São Paulo 61 % não cursaram Residência Médica. Este dado refere-se ao universo de médicos formados entre 1996 e 2005, com registro da informação (se tem ou não Residência) na Comissão Nacional de Residência Médica e no Conselho Federal de Medicina.
A Residência Médica não é obrigatória. Foi instituída em 1977 pelo Decreto Federal nº 80.281 e, segundo o MEC, constitui uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob a forma de curso de especialização, funcionando em Instituições de Saúde, sob a orientação de profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional, sendo considerada o melhor instrumento para a especialização médica. O programa de Residência Médica cumprido integralmente dentro de uma determinada especialidade, em instituição credenciada pelo MEC, confere ao médico residente o título de especialista. Outra forma de obter o título de especialista é por meio de avaliação (concurso de título) das Sociedades de Especialidades Médicas filiadas à Associação Médica Brasileira. (No dia 23 de outubro o Cremesp irá divulgar estudo sobre as especialidades médicas no Estado.)
São Paulo se traduz num pólo de atração, com uma porcentagem ainda pequena de migrantes de outros Estados nas escolas médicas de graduação (5%), subindo na Residência Médica (19%) e ocupando mais de um terço dos profissionais inscritos no Cremesp. Dentre os médicos que atuam em São Paulo 38% formaram-se em outros Estados. Quase metade dos médicos formados em São Paulo nos últimos 10 anos nasceram em outros Estados. São Paulo tem 1.7
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