Publicado: Domingo, 1 de junho de 2008
Bem vindo ao Jornalismo 2.0
Você ainda não acredita?
Deborah DubnerPor Camila Bertolazzi e Deborah Dubner
Comemoramos nesse ano o bicentenário da imprensa no Brasil. Afinal, o que podemos esperar da imprensa para os próximos 200 anos?
O futuro do jornalismo para os próximos 20 anos promete uma revolução muito maior do que nos últimos 200, afirma Alan Dubner, diretor da Cybermind Comunicação Interativa e pioneiro em projetos digitais e de Midia Social, como os Municípios Digitais. Segundo o especialista, esta revolução já está ocorrendo, mas por enquanto é silenciosa, com alguns ruídos aqui e ali. "As agências de notícias estão perdendo poder para milhões de pessoas pulverizadas pelo mundo, que através de ações individuais conseguem provocar resultados coletivos. É como o efeito borboleta, no qual o seu simples bater de asas pode provocar um tufão do outro lado do mundo", afirma.
Para Deborah Dubner, diretora do www.itu.com.br, o jornalismo 2.0 mora entre o presente o futuro. "Ele está desabrochando lentamente, mas acredito que só estará consolidado quando a mentalidade das pessoas que trabalham com mídia mudar radicalmente. A prática de ações de sustentabilidade, ética, humanidade e senso coletivo será definitivamente parte do jornalismo 2.0. O que vemos hoje é apenas a semente. Mas não vamos esquecer, que qualquer grande árvore nasce de uma pequena sementinha...", afirma a jornalista. Leia seu artigo sobre Jornalismo 2.0!
O jornalista Marcos Sá Corrêa, em entrevista à Revista de História da Biblioteca Nacional desabafa: “Hoje, acho o jornal uma velharia. Todos os jornais em papel vão morrer nos próximos vinte anos, no máximo, e já vão tarde. Eles são a pior maneira de se divulgar notícia. ‘Jornalismo’ vai virar um anacronismo. É uma palavra que se baseia no nome de um produto que, fisicamente, terá deixado de existir. Estamos sentados na praia de um tsunami, achando tudo tranqüilo porque a maré está baixa...”. Na reportagem, que leva o nome de "Adeus, jornalismo velho", Sá Corrêa alerta: “Se você tiver um notebook ligado na Internet e escrever uma coisa que o mundo inteiro esteja precisando desesperadamente saber, não há nenhuma diferença no alcance dessa notícia e da mesma notícia publicada pelo Globo”, afirma o jornalista. "A Internet chega a vinte e dois milhões de domicílios no Brasil, ou seja, a soma de casas com Internet já é três vezes maior que a soma de todos os jornais diários publicados no Brasil. Todos eles juntos vendem sete milhões de exemplares", conclui.
O poder da Internet é tão forte que qualquer flagrante publicado na rede pode afetar negativa ou positivamente a imagem de organizações, empresas e pessoas, como no caso da Taco Bell, nos Estados Unidos. E não precisa ser na Globo, Fox News ou CNN. Qualquer cidadão com uma câmera ou um celular na mão pode divulgar notícias de interesse público na rede, considerando que, apenas no Brasil, 6,3 milhões de usuários da Internet acessam vídeos. Leia a opinião da experiente aprendiz Lilian Sartório!
Para Camila Bertolazzi, editora do itu.com.br, o amor pelo jornalismo impresso foi inacreditavelmente substituído pela paixão pelo jornalismo online."Quem me conhece há mais de dois anos pode pensar que estou mentindo, pois meu coração de jornalista sempre bateu forte para o veículo impresso. Hoje eu me orgulho em dizer que sou uma convertida pela Internet, pois é graças a ela que o jornalismo deixa de ser perecível e passa a ser uma memória viva para sempre...” Leia o artigo completo!
E você? Como leitor, cidadão ou jornalista, o que acha do jornalismo 2.0? Deixe o seu comentário abaixo!
Comentários