Publicado: Sexta-feira, 28 de novembro de 2008
CARTA DIGITAL DE ITU - JORNALISMO 2.0
Deborah DubnerPRIMEIRA EDIÇÃO: 28 DE NOVEMBRO – ITU/SP
O jornalismo 2.0 é novo e como tudo o que nasce traz o frescor da mudança, com promessas de prosperidade e muitas incertezas. Dizer que sabemos onde essa onda gigante vai desembarcar é chover no molhado. É bom admitir logo: somos ignorantes!
Mesmo assim, podemos vislumbrar, imaginar, conhecer e principalmente deixar o novo chegar e derrubar nossas certezas. Ninguém é dono dessa verdade. O conhecimento agora é de domínio publico, não pertence a ninguém e ao mesmo tempo é de todos nós!
Esta CARTA DIGITAL DE ITU pretende alinhavar princípios, organizar conceitos, coletar experiências, fomentar idéias e propor um caminho colaborativo que, assim como o jornalismo 2.0, está sempre vivo e em constante mudança.
Elaboramos, portanto, as primeiras palavras e intenções. Uma pedra fundamental, não a verdade absoluta. Queremos inspirar em vez de ditar regras. Até porque estamos falando de um novo mundo, do qual alcançamos uma pequena parte. Há muito ainda para ser mapeado e inúmeras questões para serem resolvidas. A palavra jornalismo pode ser a mesma, mas seus significados são radicalmente diferentes. E vamos aprendendo enquanto navegamos!
Princípios & Conceitos
- Autoria colaborativa: é feito por todos e para todos. Um parágrafo escrito por você pode ser linkado e relacionado a outras pessoas, conceitos e páginas, incorporando dezenas ou centenas de autores.
- Perenidade: a notícia não morre, os fatos nunca estão consumados, estão sempre vivos.
- Não precisa de grandes corporações intermediárias: pode acontecer de cidadão para cidadão
- Exige uma mudança de atitude: menos poder e mais talento
- Está apoiado mais nos relacionamentos do que nos conteúdos: quem tem uma boa rede vai mais longe.
- Interação direta com o leitor: quem me lê não está lá, está aqui!
- Interatividade: um jornalismo que interage 24 horas por dia com as mídias, pessoas e conteúdos relacionados.
- Humanidade: em vez de “usar fontes”, interage com pessoas.
- conexão: um jornalista 2.0 não está mais sozinho; tem a rede junto com ele.
- one-to-one: esqueça respostas padrões ou automáticas.
- velocidade: tempo real na rede
- poder descentralizado: o detentor da informação se transforma em divulgador da informação
- afinidade: não temos mais reféns, temos fãs!
- ética: liberdade pede mais responsabilidade. O jornalista 2.0 tem o poder da escolha.
- profundidade: a informação é de domínio público. A qualidade da informação depende de cada um.
- aprendiz: o jornalismo 2.0 é aprendiz em sua essência.
- desapego: é mais saudável compartilhar do que dominar.
- pensamento hiperlinkado: diferenciando o essencial do periférico
- Descompressão – A informação não precisa mais ser comprimida. Ela se torna ampliada e ampliável.
Tags do Jornalismo 2.0
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Esta carta foi produzida no evento Jornalismo 2.0 em Itu, com a coordenação e edição de Deborah Dubner e participação de: Alan Dubner, Anicleide Zequini, Armênio Guedes, Cadu Lemos, Camila Bertolazzi, Carlos Piazza, Deborah Dubner, Fabio Steinberg, José Marcio Mendonça, Manoel Fernandes, Marcelo Coutinho, Mylton Ottoni, Olga Sodré, Pollyana Ferrari, Roberto Mayer, Rodrigo Azevedo e Rodrigo Tomba.
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