Cinema

Publicado: Sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

[REC]

Leia a crítica deste aterrorizante filme!

[REC]
O espectador nunca sabe o que está por vir e as horríveis surpresas que um cômodo escuro pode reservar
Por Guilherme Martins
 
Por favor, peço aos leitores de minhas críticas que não fiquem bravos, pois vou comentar mais um filme de terror, porém este aqui é diferente por diversos fatores, entre eles o fato de ser um filme espanhol, que tem uma jornalista como personagem principal e segue uma linha recém descoberta pelo cinema de horror.
 
Estou falando do excelente REC, que fez um tremendo sucesso na Europa e agora veio aterrorizar os brasileiros. Quem gosta de cinema (de todo o tipo) e se mantém informado sobre o assunto, já deve ter ouvido falar muito deste filme, que usa as mesmas técnicas de filmagem de outros sucessos como Cloverfield e A Bruxa de Blair. Trata-se de um filme documental, ou seja, todo filmado por um dos personagens com a câmera na mão.
 
A história é a seguinte: uma jornalista chamada Ângela Vidal (interpretada de maneira “desesperadamente” convincente pela atriz espanhola Manuela Velasco) tem um programa televisivo chamado “Enquanto você dorme” e resolve fazer uma matéria para mostrar uma noite de serviço comum dos Bombeiros de Barcelona. Porém, aos poucos ela descobre que, de comum, a noite não terá nada. Na companhia de seu câmera, Paco, ela (como todo jornalista) coleta depoimentos e reza para que aconteça algo de grandioso naquela tediosa noite, para poder mostrar em seu programa.
 
Até que eles recebem um chamado de moradores de um prédio no centro de Barcelona, que relatam que uma senhora está gritando desesperadamente, trancada em seu quarto. Sem nada melhor para cobrir, Ângela resolve acompanhar uma equipe dos bombeiros na ocorrência. Ao chegar no apartamento, juntamente com uma equipe da polícia, eles arrombam a porta e se deparam com uma velha que está tendo um ataque de nervos irracional.
 
Ao tentar acalmar a mulher, numa cena extremamente bem feita, um dos policiais tem uma grande parte de seu pescoço arrancada na mordida pela mesma. Os colegas tentam socorrê-lo e tirá-lo do prédio, mas descobrem que o edifício está em quarentena para a contenção de um vírus transmitido pela saliva. Assim, os moradores têm que lutar pela sobrevivência, à medida que mais e mais pessoas vão sendo infectadas.
 
Confesso que este é um dos filmes de terror mais tensos que eu já vi. E eu não fui o único que entrou no clima da história, em um vídeo revelado na internet, pode-se ver a reação da platéia ao assistir o filme. E não é exagero, era comum e corriqueiro ouvir berros dos espectadores durante a projeção.
 
O filme nos deixa com os nervos à flor da pele num suspense arrebatador. Imagine uma cena em um ambiente escuro onde a única luz existente é a da câmera de vídeo. É essa a proposta do filme todo, o espectador nunca sabe o que está por vir e as horríveis surpresas que um cômodo escuro pode reservar.
 
A seqüência final (se quiser assistir o filme nos cinemas, recomendo que não veja para não estragar a surpresa) é de grudar na poltrona e roer as unhas até o cotovelo. A minha mão, por exemplo, quase virou um suco diante do desespero da minha namorada, que não parava de apertá-la numa determinada cena.  
 
Um filme altamente recomendável para quem gosta de terror com muito sangue e doses cavalares de suspense.
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