Anjos e Demônios

Por Guilherme Martins

Em 2006, o filme O Código da Vinci, baseado numa obra de Dan Brown, trouxe às telas a história de uma série de enigmas que, através das obras do famoso pintor, remetem a uma suposta linhagem de sangue com Jesus Cristo. Na história, supõe-se que Cristo teve filhos e herdeiros que estão vivos até hoje, numa realidade que a igreja católica tenta abafar a todo custo.

Agora, em 2009, o filme Anjos e Demônios, também baseado em um livro de Dan Brown, pode não ter uma história tão polêmica quanto o seu predecessor, mas consegue a façanha de superar o primeiro filme, que já era bom.

Na história, o atual papa morre e um grupo ancestral denominado “Illuminati”, que no passado era perseguido pela igreja católica, resolve se vingar raptando os quatro “Preferiti” (favoritos para a substituição do falecido santíssimo). Logo depois, eles prometem executar um bispo a cada hora e, por fim, destruir todo o Vaticano com uma poderosa bomba conhecida por “Antimatéria”.

Achou muita baboseira? Pois fique tranquilo, basta embarcar no ritmo do filme. E essa é uma qualidade louvável do diretor Ron Howard, que imprime um ritmo alucinante e uma correria ininterrupta e envolvente do começo ao fim do filme, jogando a cada momento uma nova pista sobre a trama na qual todos são suspeitos.

O ponto alto, como não poderia deixar de ser, é o ator Tom Hanks. Novamente na pele do simbologista Robert Langdon, o astro justifica o pódio de um dos salários mais altos de Hollywood (cerca de 1 milhão de dólares por filme, mais parte nos lucros) e empresta todo o seu carisma ao rico personagem. E o ponto fraco, por assim dizer, fica para a vexatória atuação do excelente ator Ewan McGregor (o mesmo de Moulin Rouge). Não que o seu papel no filme seja de todo ruim, mas em comparação a todo o talento já demonstrado em outras obras, fica fácil afirmar que provavelmente esse tenha sido o seu pior papel nos cinemas.

É um filme recomendável para quem gosta de surpresas, reviravoltas, boas cenas de ação, e muita (muita mesmo) correria. Vá ao cinema, porque este com certeza vale o ingresso!

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