Publicado: Quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Transformers: A Vingança dos Derrotados
Leia a crítica desse novo (e explosivo) blockbuster!
Guilherme Martins
Por Guilherme Martins
Venho por meio dessa crítica, confessar a vocês, meus leitores, que fiz uma coisa que não fazia há muito tempo: assistir a um mesmo filme duas vezes no cinema em um intervalo de uma semana. Reconheço que posso ser criticado por isso, mas a verdade é que quando eu gosto muito de um filme, pratico esse ato insano e nada econômico. Não tenho culpa, é mais forte do que eu... Que filme foi esse? Transformers: A Vingança dos Derrotados!
Quando lançaram as primeiras campanhas publicitárias da continuação do filme dos Transformers, fiquei ouriçado que nem um garotinho que recebe pela primeira vez a visita do Papai Noel. Já se fazia alguns anos desde a estreia do primeiro filme e, desde então, a perspectiva de uma continuação me fazia pirar.
E toda essa ansiedade só veio a provar seu fundamento quando assisti a obra. Logo nos primeiros quinze minutos, a impressão que se tem é que tudo o que havia no anterior, foi elevado ao cubo! Temos nesse filme mais efeitos, mais robôs, mais lutas, mais humor e mais explosões. Aliás, nem em filmes de guerra se vê tantas explosões como nesse Transformers.
Se no primeiro longa eu já me emocionei com as cenas dos robôs, nesse temos um balde de cenas em que os robôs gigantes literalmente saem no braço uns com os outros. E os efeitos se superaram muito nesses anos. A primeira cena em que aparece o heroi Optimus Prime é de uma perfeição extraordinária e fica impossível não se impressionar e sentir os pêlos dos braços se arrepiarem (sim, isso aconteceu comigo).
Nesse ponto, podemos considerar Michael Bay um gênio, pois ele dá ao público exatamente o que ele quer ver: diversão gratuita. Grande prova disso é a presença da atriz (entenda-se beldade) Megan Fox, que está mais bela do que nunca! Porém, durante toda a projeção ela só se limita a agradar os “marmanjos” aparecendo com roupas generosamente decotadas e fazendo caras e bocas.
Outro ponto forte é o sempre convincente Shia Labeouf (sim, o mesmo de Paranoia), que demonstra nessa continuação ter um talento nato para as cenas cômicas e uma força de vontade fora do normal para aprimorar o produto. Para quem não sabe, Shia sofreu um acidente de carro em que quase perdeu a visão e dois dedos da mão esquerda, e as cenas finais foram filmadas com um tremendo curativo na mão do rapaz.
O único (porém crucial) problema é que o principal acerto do primeiro filme, não se repete no segundo. Embora o Transformers original tivesse muitos efeitos, lutas e cenas arrebatadoras, o que mais chamava atenção era o apelo emocional provocado pela boa história, adicionada a boas atuações, que geravam no público uma identificação maior com os personagens.
Porém, nesse filme a história (que já não é tão boa quanto no primeiro) fica um pouco “apagada” perante a presença ininterrupta dos efeitos visuais, deixando os personagens mais fracos e com uma perspectiva menor.
Quando a projeção acaba, o espectador, assim como eu, pode sentir-se por um lado satisfeito por ter visto tantas cenas majestosas ao melhor “estilo Michael Bay”, e por outro lado, com uma sensação de “tá, e daí?”.
Mas é claro que os menos exigentes vão se deliciar com o filme, já que os motivos pra isso não faltam. Porém aqui vai uma dica: vá ao cinema ciente de que verá muitos robôs, muita ação, correria, efeitos magníficos e uma explicação pouco convincente para tudo isso. Com isso em mente, sua emoção não vai se “transformar” em decepção (e me perdoem o trocadilho infame, é mais forte do que eu...).
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