A Era do Gelo 3

Por Guilherme Martins

Em 2002 a Fox resolveu seguir as tendências e se aventurar pelo caminho aparentemente (e verdadeiramente) rentável das animações com o filme A Era do Gelo. Assim, de um projeto despretensioso, a produtora teve a sorte de achar uma verdadeira fonte de dinheiro. Então, o que acontece no cinema quando uma obra dá muito certo? Isso mesmo: aparecem continuações para arrecadar mais dinheiro e esgotar todas as possibilidades possíveis até, consequentemente, enterrar a franquia.

Sendo assim, em 2006 saiu A Era do Gelo 2, que trouxe uma história mais morna do que o original, mais personagens e fez muito sucesso, especialmente no Brasil, graças ao diretor do desenho, o carioca Carlos Saldanha. Em comparação aos grandes desenhos de indústrias colossais da animação como Shrek, da Dreamworks ou Toy Story, da Pixar, a aventura gelada não fez feio, mas já dava sinais de fraqueza diante do original. Daí resolveram fazer o terceiro filme, que levava a crer que iriam levar a franquia até o último suspiro. Porém, felizmente, A Era do Gelo 3 conseguiu ludibriar as expectativas ruins e se mostrou com fôlego suficiente para, quem sabe, mais três outros filmes.

A maior novidade desta animação é que ela mostra tudo aquilo que os fãs aguardavam ansiosamente para ver, como a incansável perseguição entre o esquilo Scrat e a sonhada noz, e consegue ir além. É um digno exemplo de franquia que conseguiu se manter, se renovar e se superar com os anos.

Temos mais personagens, mais piadas (boas), mais cenas engraçadas, mais aventura, mais emoção e... menos história. Mas a diversão é tanta, que a fragilidade do roteiro até passa despercebida.

Sempre fui fã de animações e acho muito legal a forma como essas obras são conduzidas, de modo a agradar tanto crianças quanto adultos. Não era raro que eu desse gargalhadas em algumas cenas, assim como as cinco crianças de aproximadamente 6 a 9 anos que estavam sentadas logo na fileira da frente, no cinema.

Aos amantes das animações, vale conferir o filme e perceber como o diretor Carlos Saldanha amadureceu com o tempo. Filmes como esse são uma injeção de ânimo aos fãs e muito mais ao gênero.

E mais uma notícia legal: na onda de sucesso inesgotável das animações, vem aí o terceiro Toy Story!

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