Cotidiano

Publicado: Terça-feira, 1 de setembro de 2009

Itu tem missa solene celebrada no rito tradicional

Esse tipo de celebração não ocorre na cidade há 50 anos.

Depois de quase 50 anos os ituanos poderão participar novamente de uma missa solene, celebrada no rito tradicional romano anterior à reforma litúrgica de 1970.
 
A celebração será no dia 7 de setembro, na igreja de Nossa Senhora do Carmo, às 19h30 e estará a cargo do Padre Almir de Andrade, que é sacerdote da Fraternidade de São Pedro e, além de vigário de uma paróquia em Roma, trabalha na Cúria Romana. A missa terá como intenção agradecer pelos 20 anos de admissão de um grupo de membros da Congregação Mariana do Carmo, da qual Padre Almir também faz parte.
 
A missa solene é composta de um rito próprio, com várias cerimônias que a diferem das chamadas missas rezadas e cantadas. É celebrada em latim e tem a participação de outros ministros sacros (diácono e subdiácono) que auxiliam o celebrante no rito. Além disso, tem várias partes cantadas, ora pelo celebrante e seus ministros, ora pelo coro, que executa tanto as partes fixas (Kyrie, Glória, Credo, Sanctus e Agnus Dei) quanto às partes móveis (Intróito, Salmo, Gradual, Ofertório e Comunhão).
 
A celebração da missa no rito anterior à reforma litúrgica, embora jamais tenha sido abolida, tem sido mais frequente em muitos lugares graças ao motu próprio Summorum Pontificum, do Papa Bento XVI. Por esse documento, escrito “de próprio punho”, em 14 de setembro de 2007, o Papa restaurou oficialmente para toda a Igreja o uso do missal de 1962, chamando-o “Rito Romano Extraordinário”. “Não se trata de um outro rito, mas uma outra forma de um mesmo rito”, explicou o Papa aos bispos do mundo todo, quando apresentou o documento.
 
A medida, que libera totalmente o uso dessa liturgia a todo padre que desejar, visa atender ao pedido de um número cada vez maior de católicos que se identificam com o simbolismo, piedade e riqueza espiritual que o antigo rito inspira. “Logo a seguir ao Concílio Vaticano II podia-se supor que o pedido do uso do missal de 1962 se limitasse à geração mais idosa que tinha crescido com ele, mas entretanto vê-se claramente que também pessoas jovens descobrem esta forma litúrgica, sentem-se atraídas por ela e nela encontram uma forma, que lhes resulta particularmente apropriada, de encontro com o Mistério da Santíssima Eucaristia”, disse o Papa.
 
A missa do dia 7 contará com a participação do Schola Cantorum da Catedral Diocesana de Nossa Senhora do Desterro, de Jundiaí, sob regência de Mário Luiz Borin. O coro, além de cantos tradicionais, executará a missa Te Deum laudamus, a duas vozes, de autoria de Lorenzo Perosi, que foi mestre-capela da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
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