True Blood: os vampiros de Alan Ball

Por Leandro Sarubo

A HBO, emissora americana presente em várias operadas de TV paga do Brasil, sabia bem o que estava fazendo quando investiu em Alan Ball para produzir True Blood, sua série de maior audiência desde o fim de Família Soprano.

Ball, roteirista de Beleza Americana, vencedor do Oscar em 1999, tinha um generoso cartão de visitas para impressionar seus produtores. Ele foi autor de A Sete Palmos, talvez a melhor série já vista por este jornalista. 

Em True Blood, Ball lida com assuntos densos, a exemplo de sua criação inicial na HBO. A diferença é que, por se tratar de uma fantasia, o texto fica riquíssimo com cada analogia criada pelo autor para ilustrar o mundo contemporâneo.

Se em Bon Temps, onde a história se passa, assistimos vampiros tentando se integrar à sociedade, grupos conservadores lutando contra e pessoas traficando sangue desses seres imortais, utilizados para revigorar a saúde e tornar a libido incontrolável, assistimos uma série de tribos e até mesmo etnias buscando integração, pessoas radicais se movimentando contra a união e diversas drogas sendo traficadas.

A primeira temporada da produção investiu na apresentação de Sookie, a "mocinha" da história.

Passada a apresentação, a série, a partir da segunda temporada mergulhou na renovação do caráter dos personagens. O pervertido Jason chegou até a se converter. Sookie, fiel, apaixonadíssima, decide flertar com os vampiros mais velhos. E lobisomens e "shapeshifters" calham a se estranhar.

O terceiro ano da série, que tem chegado a mais de 5 milhões de telespectadores nos Estados Unidos, já está no ar pela HBO Brasil. A tônica dos primeiros episódios, abarrotados de sensualidade, é explicar o sequestro sofrido por Bill no season finale do 2º ano. Ball deu alguns detalhes sobre o que os fãs devem aguardar ao longo dos próximos meses, mas, sob pena de levarmos uma mordida na jugular, evitaremos spoilers. Ou melhor: Deixaremos para uma outra oportunidade.

Sangue Azul

True Blood teve sua primeira temporada relançada em janeiro, com o oferecimento de uma versão em Bluray.

A segunda temporada, lançada em junho, também terá versão em alta definição.

No Brasil, os bizarros habitantes de Bon Temps são os únicos a terem suas temporadas sincronizadamente lançadas na tecnologia do raio azul.