Por que alguns ituanos se tornaram escritores?
Conheça gente de Itu que ama escrever.
Murilo Gagliardipor Felipe Fonseca
Se me perguntas por que escrevo
Eis a resposta
Escrevo para que eu não envelheça
Escrevo para gritar
Aos quatro cantos
Que eu existo
Escrevo para revelar sonhos incontidos
Vontades reprimidas
Escrevo para que chores comigo
E rias também
(João Reginaldo de Melo)
O ato de escrever pode ser considerado uma profissão, uma arte ou apenas um passatempo. Mas, para alguns ituanos, que já publicaram livros, escrever é uma verdadeira paixão. Eles vêem a escrita como uma catarse, ou seja, sentem-se aliviados ao partilhar suas idéias e conhecimentos.
O escritor Inaldo Lepsch explica que, apesar de ter começado escrevendo pequenos artigos para jornal, hoje a escrita é uma paixão em sua vida. "Um professor de Faculdade me sugeriu transformar um desses artigos em livro. E foi exatamente em um artigo que abordei, pela primeira vez, a vida e a obra do Barão de Itaim (Bento Dias de Almeida Prado). De lá para cá, não parei mais", explica Inaldo que publicou, também, o livro "Taunnay e o Padre Voador", e mais recentemente o “Histórico do Conventinho Nossa Senhora das Mercês”, no qual comenta e explica textos inéditos que o grande historiador Francisco Nardy Filho havia deixado em manuscrito.
Mesmo com as dificuldades em coletar informações, Inaldo Lepsch gosta de retratar temas relacionados à história de Itu e de seus personagens. Ele explica que, para escrever "O Barão de Itaim", teve de telefonar para milhares de pessoas que tinha o sobrenome Almeida Prado (como o do Barão). "Quando, vez ou outra, algum deles tinha alguma informação sobre o Barão, eu anotava nome e endereço, e procurava a pessoa, entrevistando, gravando, etc.", afirma Lepsch.
Outras pessoas resolvem publicar sua própria história de vida. Como foi o caso de Alan e Deborah Dubner. Eles escreveram "A Vida em Versão Original", o livro que conta a história do casal. "Quando nos encontramos, sentimos que esta história deveria ser escrita justamente para fazer as pessoas acreditarem no amor", explica Deborah que se diz uma apaixonada por escrever: "Desde pequena eu sempre gostei. Conforme foi chegando a idade, e com ela a maturidade, a vontade de me tornar uma escritora foi crescendo também".
Existem alguns escritores ituan
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