Famílias Fávero e Salvadori recebem 'Prêmio Padre Antonio Pacheco'
Evento acontece dia 21 de maio, no Sincomércio.
Jéssica Ferrari
Em comemoração ao seu jubileu de ouro, a Sociedade Amigos da Cidade de Itu (Saci) criou o "Prêmio Padre Antonio Pacheco da Silva", para homenagear profissionais da área de saúde com vocação, talento e dedicação, e que tenham enaltecido e contribuído com a cidade de Itu. A homenagem ocorrerá no dia 21 de maio, às 17h30, na sede do Sincomercio. O convite é extensivo às pessoas que tenham vínculo com as famílias homenageadas ou apreciem o trabalho desenvolvido por seus membros.
Durante o evento, as famílias Fávero e Salvadori - representadas por Flamínio Fávero, Daisy Lupi Fávero, Ricardo Augusto Fávero Salvadori, Décio Salvadori Júnior, Daisy Maria Fávero Salvadori e Denise Fávero Salvadori - serão homenageadas pelo trabalho que desenvolvem na medicina, e que marcou a história de Itu.
Jéssica Ferrari / www.itu.com.br |
Padre Antonio Pacheco da Silva (1752-1825)
Um dos mais ilustres e iluminados cidadãos ituano. Construiu não só o primeiro hospital de Itu (Hospital dos Lázaros), a capela de Nosso Senhor do Horto, o primeiro serviço de abastecimento de água, como também suas ações nos deixaram um maravilhoso legado: a referência e inspiração para a linda história de Padre Bento e a construção da Santa Casa de Itu, como conta Francisco Nardy Filho em sua obra “O Padre Antonio Pacheco da Silva - O primeiro apóstolo dos lázaros no Brasil” (1950).
“Inaugurado o Hospital, saiu o Padre Antonio em seu carro pelas estradas em busca dos pobres morféticos, aos quais, após haver vestido por suas próprias mãos com roupas que para esse fim levava, os auxiliava a tomarem o carro, chegando a carregá-los quando eles, pelo adiantado da moléstia, mal podiam andar, e assim, lado a lado, amparando-os, os conduzia ao seu Hospital, onde se tornava o seu dedicado enfermeiro.”
“Todas as manhas se dirigia ao Hospital, em cuja capela do Senhor do Horto celebrava a santa missa; finda esta, ia em visita de inspeção ao Hospital, visitava a horta, a capoeira, a dispensa, a cozinha, vendo se nada faltava aos pobres doentes, aos quais ele próprio verificava o seu estado, lhes ministrando remédios e curando suas feridas; finda essa visita matinal ao seu Hospital, voltava à sua chácara a cuidar de sua lavoura, cujo rendimento era todo empregado na manutenção do seu Hospital. À tarde voltava novamente aí, e , sentando-se em um tamborete em frente à porta principal do Hospital, rodeado de seus queridos doentes, que o veneravam como se fosse seu pai, se mantinha a palestrar com eles, consolando-os, procurando distraí-los, falando sobre coisas da lavoura,indagando de suas famílias, se sofriam ou não privações; e o bondoso sacerdote se comprazia em ver que aqueles infelizes pareciam resignados com o seu infortúnio, é que ali, no Hospital do Padre Antonio, encontravam o amparo e o abrigo, e, no Padre Antonio, um verdadeiro protetor.”
Jéssica Ferrari / www.itu.com.br |
Criação da Cremesp
Há 50 anos, começava a história do Cremesp. Médicos eminentes e representantes das entidades médicas estaduais existentes se organizaram para criar uma entidade forte, independente e que não fosse subordinada aos sindicatos e ao Ministério do Trabalho como previa o Decreto 7.955/45 – de Getúlio Vargas – que criou os Conselhos. Era o início de uma resistência ao que culminaria na primeira eleição dos membros do Cremesp.
No livro "Cremesp - Uma trajetória", obra que conta a história do Conselho desde sua criação até a atualidade, é possível entender o importante envolvimento de Dr. Flamínio Fávero com a medicina. Veja o capítulo!
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