Bicho de Pé traz forró e bom público para o Festival de Artes
Grupo investiu em releituras de grandes sucessos da MPB.
Leandro SaruboVeja as fotos desta notícia no Flickr
Por Leandro Sarubo
O forró do Bicho de Pé foi o grande destaque da noite que abriu a segunda semana do 17º Festival de Artes de Itu.
Cerca de 300 pessoas prestigiaram a apresentação do grupo, que começou com alguns minutos de atraso após um blecaute que atingiu a região central de Itu por volta das 20h45.
Apostando na simpatia de sua vocalista, a ruiva Janaina Pereira, o grupo, que não emplaca um sucesso próprio desde 1998, recheou seu repertório com sucessos do forró e da MPB, conquistando os ituanos e turistas que aproveitaram a apresentação para lembrar um pouco do gênero puxado por Luis Gonzaga.
“Só viola, raiz e as coisas que tocam no rádio acabam cansando. Ia ser muito chato ter pagode ou esse sertanejo novo no lugar de um ritmo tão gostoso como esse”, diz Adalberto Lima, morador de Itu que pelo terceiro ano seguido prestigia a programação do evento.
A apresentação teve quase duas horas de duração e só não durou mais porque o grupo tinha outro compromisso, na capital, marcado para ter início às 23 horas, hora que abandonaram o palco da Praça do Carmo.
Um dos prováveis motivos para o show ter se estendido alguns minutos foi a animação do público, composto amplamente por jovens. A platéia chamou constantemente a atenção de Janaina, que após homenagear Elba Ramalho, esboçou até um princípio de choro ao colher no palco uma carta jogada por uma pequena fã.
Quem gostou do Bicho de Pé poderá assistir novamente o grupo no dia 30, às 20 horas, no palco da Cidade Nova, localizado na avenida Paz Universal. Para encerrar o projeto, dia 31, às 21 horas, o Carmo receberá o Falamansa, que está lançando um novo DVD. Confira aqui detalhes sobre estas e outras apresentações.
Muitos jovens e muito álcool
Durante o show o maior obstáculo para se locomover pela Praça do Carmo não era o excesso de pessoas, mas sim o de latinhas e garrafas jogadas pelo local.
Sem que fossem coibidos, dezenas de adolescentes consumiram livremente vinho e cerveja, vendidos em barracas da feira de artesanato montada ao lado do palco. Alguns trouxeram da própria casa garrafas de refrigerante e de vodka, para fazerem seus próprios "drinks".
Leandro Sarubo / www.itu.com.br |