Vuvuzelas, Bafana-bafana, Laduma... conheça o país sede da Copa 2010

Por Guilherme Martins e Leandro Sarubo

Quem gosta de cultura popular e futebol está, sem dúvidas, achando a Copa na África do Sul um evento “lekker” (fantástico). Na terra dos “Bafana Bafana” (conheça o significado deste e de outros termos no país), nome que vai batizar toda e qualquer seleção sul africana daqui até a eternidade, sobra espaço para costumes mais que interessantes.

Diferentemente da Alemanha, um país desenvolvido, “mais globalizado”, a África do Sul não tinha a atenção do mundo da maneira que terá nos 32 dias de competição. Antes, quando a humanidade se lembrava de Johannesburgo ou dos países do continente, as lembranças eram as mesmas, desagradáveis, envolvendo problemas e rupturas sociais. O que, torcemos, vá para os livros de história o mais rápido possível. 

Na África, temos um povo caloroso, hospitaleiro, com características que lembram muito os brasileiros. A alegria dos africanos é, hoje, simbolizada pelas vuvuzelas, aquelas cornetas que aterrorizam os jornalistas nas entradas ao vivo dos telejornais.

Com 100 cm em média, o som desses instrumentos de saudável algazarra atrapalha até mesmo os jogadores em campo. É o coro da alegria daquele povo. O nome tem origem zulu – significa fazer barulho. É metalinguístico, portanto.

Falando em sons, que tal ouvir um pouco de Shosholoza? A canção, uma das mais populares lá nas “charts” de Johannesburgo, teve origem nas reservas de carvão.

Se antes só os mineradores entoavam a canção, agora é o país todo, como um apartheid musical. E a analogia é válida porque eram negros os trabalhadores das minas. A letra, inicialmente, falava das agruras dos trabalhadores. Você pode imaginar as condições do serviço deles, não é?

O single em sua versão 2010 é menos pessoal. Mais aberto. Fala de união. De emoção. De energia. É o Invictus do mercado fonográfico. Aliás, a canção estava na trilha sonora da produção.