Publicado: Terça-feira, 25 de agosto de 2009
Obras de Aleijadinho são expostas em Itu
A exposição é a atração principal do Dia do Soldado.
Camila Bertolazzi
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O “Exército Brasileiro, Braço forte Mão amiga” comemora no dia 25 de agosto, o Dia do Soldado em todo território brasileiro. A festa solene tem como objetivo cultuar a memória do Patrono do Exército, Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.
Em Itu, uma programação especial foi preparada para comemorar essa data em grande estilo. O destaque fica com a exposição "O Soldado", de Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. As obras podem ser vistas até o dia 30 de agosto, das 9h às 17h, na igreja São Luis Gonzaga (Igreja do Quartel).
A exposição leva o nome de “O Soldado” porque, recentemente, o curador das obras de Aleijadinho, José Marcelo Galvão de Souza Lima, encontrou documentos que comprovam a participação de Antonio Francisco Lisboa como soldado da Infantaria dos Homens Pardos, da Guarnição de Vila Rica, capitania de Minas Gerais de 1768 a 1771.
A exposição “O Soldado” conta com uma obra que jamais foi exposta no país: uma estátua de São Manoel, que além de santo foi soldado romano. A escultura, datada entre 1771 e 1781, tem 21 centímetros e é rara por ter sido esculpida em pedra-sabão.
A obra de Aleijadinho mistura diversos estilos do barroco. Em suas esculturas estão presentes características do rococó e dos estilos clássico e gótico, utilizando como material de suas obras de arte, principalmente, a pedra-sabão (matéria-prima brasileira) e a madeira.
Considerado o mestre do barroco mineiro, suas obras sempre atraíram a atenção pela riqueza de detalhes e perfeição. Por volta de 40 anos de idade, Aleijadinho começou a desenvolver uma doença degenerativa nas articulações. Não se sabe exatamente qual. Aos poucos, foi perdendo os movimentos dos pés e mãos. O escultor pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar, demonstrando esforço para continuar com sua arte. Mesmo com todas as limitações, continuou trabalhando na construção de igrejas e altares nas cidades de Minas Gerais.
Considerado o mestre do barroco mineiro, suas obras sempre atraíram a atenção pela riqueza de detalhes e perfeição. Por volta de 40 anos de idade, Aleijadinho começou a desenvolver uma doença degenerativa nas articulações. Não se sabe exatamente qual. Aos poucos, foi perdendo os movimentos dos pés e mãos. O escultor pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar, demonstrando esforço para continuar com sua arte. Mesmo com todas as limitações, continuou trabalhando na construção de igrejas e altares nas cidades de Minas Gerais.
Na fase anterior à doença, suas obras são marcadas pelo equilíbrio, harmonia e serenidade. São desta época a Igreja São Francisco de Assis, a Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões (as duas na cidade de Ouro Preto). Já com a doença, Aleijadinho começa a dar um tom mais expressionista às suas obras de arte.
Após esta passagem por Itu, as obras percorrerão o Brasil com o apoio do Exército, visando, de acordo com o curador das obras, “resgatar o patriotismo e a nacionalidade da população”.
Outros eventos solenes do Exército acontecem nos dias 20 de janeiro - aniversário do Quartel de Itu; 19 de abril - Dia do Exército; 10 de junho, Dia da Artilharia; e 19 de novembro - Dia da Bandeira.
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