Sincretismo é tema do espetáculo 'Vela pra Qualquer Santo'

Crédito: Tamara Horn

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Com direção de Arilton Assunção e coreografia de Adriano Amaral e Tereza Cazzamatta, o espetáculo “Vela pra Qualquer Santo” foi apresentado na noite de 13 de julho, no Temec, compondo assim a programação do 18º Festival de Artes de Itu.

Os dançarinos do grupo Faces Ocultas Cia de Dança apresentaram um show com movimentos precisos e encantadores, que seduziram a plateia. A peça agradou ao público, que assoviou, uivou e aplaudiu de pé os integrantes da companhia. 

Sobre Uma Vela pra Qualquer Santo

O sincretismo é aqui colocado como algo recente quando na verdade já era praticado desde a antiguidade. Não existe religião ou culto que seja puro e, partindo deste princípio, é possível afirmar que as religiões existentes são uma miscigenação resultante do processo evolutivo da própria humanidade.

Por outro lado, este sincretismo também é usado como instrumento de auto defesa que permite a proteção de uma determinada cultura religiosa. No Brasil colônia, ele apresentou em primeira análise uma conotação de auto defesa, seja no candomblé ou no catolicismo. Uma vela acesa pra qualquer santo sempre vai significar boa fé.

Sobre a Faces Ocultas Cia de Dança

Criada em maio de 1997 por bailarinos e pessoas interessadas, tendo a frente o coreógrafo e bailarino, Arilton Assunção, ao longo desses anos de existência, a companhia esteve presente nos principais festivais e eventos de dança do país. Possui em seu repertório vários trabalhos de dança contemporânea, acumulando, aproximadamente, mais de 200 prêmios. O grupo busca diferenciar os padrões tradicionais de ensino das academias, dando espaço a pesquisas e concepções coreográficas, valorizando a fusão da técnica clássica com outras linguagens de dança.

O festival

Criado em 1993 pelo maestro Eleazar de Carvalho, o festival foi inspirado pelo Festival de Tanglewood, um pitoresco recanto na cidade de Lenox, estado de Massachusetts, nos Estados Unidos. O evento, que neste ano acontecerá entre os dias 12 e 24 de julho, é constituído de concertos com diferentes conjuntos e instrumentistas, além de espetáculos teatrais e de dança.