Cultura

Publicado: Quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Você já imaginou ver Itu retratada em azulejos?

Uma exposição levará azulejos do Museu Republicano às praças

Você já imaginou ver Itu retratada em azulejos?
São reproduções fotográficas dos paineis de azulejos com a dimensão de 1.5m X 1.5m acompanhados de um livreto de 64 páginas com texto sobre o significado e o histórico de cada um
A grandiosa história de Itu já foi contada de muitas formas: em livros, revistas, filmes, em quadros, através do DVD Monumentos Históricos e muitas outras fontes de conhecimento. Porém, dessa vez você poderá conhecer Itu de um jeito diferente: através de uma exposição itinerante que levará às praças públicas os azulejos do Museu Republicano.
 
São reproduções fotográficas dos paineis de azulejos com a dimensão de 1.5m X 1.5m acompanhados de um livreto de 64 páginas com texto sobre o significado e o histórico de cada um.
 
A exposição visa mostrar Itu de uma forma diferente. “É itinerante, o Museu vai ao Público e cumpre a missão de transmitir às novas gerações, relatos históricos e fatos que influenciaram o desenvolvimento do estado de São Paulo”, explica o supervisor do projeto, José Antonio Barros Freire.
 
Uma história contada em azulejos
 
O historiador Afonso de Escragnolle Taunay idealizou um conjunto de paineis de azulejos para contar visualmente a história de Itu, e mandou produzi-los em 1942.
 
Ele conhecia o painel de azulejos executado por José Wasth Rodrigues para o Obelisco da Memória, em São Paulo, e os trabalhos encomendados por Washington Luís para a Casa da Maioridade, Pouso de Paranapiacaba e o Cruzeiro Quinhentista, distribuídos no trajeto do Caminho do Mar, todos de 1922.
 
Para desenvolver o projeto dos paineis de azulejos, Taunay convidou o artista plástico Antonio Luiz Gagni, ceramista renomado, admirador das obras de Leopoldo Battistini e Jorge Colaço, e autor de composições de cenas de São Paulo colonial para edifícios públicos, residências e igrejas.
 
Para cumprir uma função pedagógica dentro das atividades museológicas, estes azulejos foram instalados nas paredes do Museu Republicano de Itu, onde permanecem em perfeito estado de conservação.
 
De acordo com o historiador Jonas Soares de Souza, curador da exposição, os azulejos recortam cenas e personagens da história que, na interpretação de Taunay, deveriam fazer parte da memória nacional, pois se referem ao movimento bandeirista, à participação de ituanos e paulistas no processo de Independência e na construção da República. Eles também procuram fixar as bases materiais da riqueza concentrada em São Paulo durante os séculos XIX e XX. 
 
Telas de Debret, Almeida Junior, Miguel Dutra e Oscar Pereira da Silva forma algumas referências para a execução dos painéis.
 
A exposição permanecerá aberta a visitação pública em espaços que serão agendados em conjunto com a direção do Museu Paulista- USP. A estreia está programada na Assembleia Legislativa de São Paulo.
 
Após este período, a mostra será exibida em outros espaços, dentro do conceito "O Museu vai ao Público". As prefeituras de Santos, Salto, Sorocaba e Porto Feliz já solicitaram a exposição que vai passar também por outras cidades durante as comemorações dos 400 anos de Itu.
 
Em cada evento haverá distribuição de catálogos nas escolas e bibliotecas da região. Em todos os locais as visitas serão gratuitas.
 
O objetivo é levar o Museu Republicano de Itu ao encontro da população, justamente no ano em que a USP comemora 75 anos, contando a história através dos Azulejos e evidenciando a atuação de Afonso de Escragnolle Taunay, um dos mais importantes historiadores brasileiros.
 
O Catálogo
 
Será composto de capa ilustrada com aplicação de verniz e páginas com imagens e textos. Ele terá o formato e dimensões em tamanho real de um azulejo. A apresentação é da diretora do Museu Paulista da USP, professora Cecília Helena de Salles Oliveira.
 
Inicialmente será feita uma tiragem de três mil exemplares. Os catálogos serão doados à Secretaria de Estado da Cultura de cada cidade para distribuição em bibliotecas e escolas públicas. O proponente é o arquiteto Carlos Angelo Gama Chuva, com direção de arte Cleber Veiga Garcia e fotos de Irit Chernizon Tommasini.

A realização do evento, como explicou Barros Freire, será financiada por empresas que utilizam a lei n°. 12.268/06, conhecida como Lei do ICMS, da Secretaria da Cultura de São Paulo, que permite abatimento de até 3% do ICMS devido em contrapartida ao incentivo de projetos culturais.
 
A previsão de inauguração da exposição é em dezembro. Então fique ligado no Itu.com.br, pois qualquer novidade sobre a exposição será publicada no nosso portal!
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