Publicado: Segunda-feira, 27 de julho de 2009
28 de julho - Dia do Agricultor
Em Itu, a classe é representada pelo Sindicato Rural.
Guilherme MartinsPor Guilherme Martins
No dia 28 de julho é comemorado o Dia do Agricultor. Muitos não sabem, mas essa é uma função essencial no cultivo de alimentos e para homenageá-la, o Itu.com.br fez uma matéria especial sobre esse importante profissional.
No dia 28 de julho é comemorado o Dia do Agricultor. Muitos não sabem, mas essa é uma função essencial no cultivo de alimentos e para homenageá-la, o Itu.com.br fez uma matéria especial sobre esse importante profissional.
Dá-se o nome de agricultor aquele que cuida do solo, tratando dos campos e cultivando a terra. Nascida há mais de doze mil anos, a partir da necessidade do homem de produzir o próprio alimento sem precisar mudar constantemente de território - após esgotar todos os recursos que dispunha -, essa profissão passou por muitas mudanças até chegar à agricultura atual. Com o tempo, o homem aprendeu que poderia tirar da terra o seu sustento e, desde então, surgiu a história da agricultura.
Em Itu, através do Sindicato Rural, o agricultor ganhou um papel ainda mais importante. Assim como qualquer outra profissão, a agricultura deve obedecer a uma série de leis vigentes. É aí que entra o Sindicato, oferecendo orientação e apoio ao proprietário rural nos mais diversos assuntos pertinentes ao campo e ao georeferenciamento.
O Sindicato Rural de Itu
Possuidor da carta sindical desde 1965, o Sindicato Rural de Itu é um dos mais antigos do Brasil. O fundador foi João Caselli, que viu na oportunidade, uma forma de fortalecer os produtores rurais ituanos através de cursos de capacitação. Desde sua fundação já foram mais de 5 mil participantes entre jovens e adultos.
"Tentamos ser ‘especialistas da especialidade’, buscando minimizar os impactos que recaem sobre a categoria”, declara o Doutor Plínio Menezes da Silva, presidente do Sindicato há mais de 10 anos. “Acredito fielmente no potencial do homem do campo e luto para que estes tenham dias melhores e de valorização de seus produtos e serviços”.
O trabalho do agricultor em Itu
Itu atualmente possui apenas pequenos produtores rurais que vivem exclusivamente do comércio de produtos como alface, leite e granjeiros, os quais trabalham em integração com indústria de corte de frangos.
Porém, o Doutor Plínio conta que o maior trabalho do Sindicato na cidade é tentar implantar a agricultura orgânica no dia-a-dia desses produtores. “Queremos que esses pequenos produtores migrem para o cultivo orgânico, que atualmente é visto como mais rentável e ecologicamente correto”.
Outra luta enfrentada pelo Sindicato é a da valorização do agricultor perante a sociedade e o governo. Alguns fatores como o alto custo de produção ou a falta de incentivo governamental acabam tornando cada vez mais difícil o trabalho dessa classe e faz com que muitos abandonem suas propriedades ou arrendem para o plantio de bio-combustível.
De acordo com ó presidente do Sindicato, a função do agricultor não é devidamente reconhecida pelas pessoas. “A população não valoriza a riqueza e a grandeza de se obter produtos extraídos da terra, não entende que para produzir aquele humilde pé de alface que está em sua mesa, o homem do campo precisou preparar o solo, adubar, semear, regar, esperar a natureza cooperar, colher e embalar, para enfim tentar vender a um preço que cubra todos esses custos de produção e ai então obter o retorno de investimento”, lamenta.
Porém, essa situação pode ser facilmente contornada. Plínio aposta na união do turismo com a vida rural, para que os cidadãos, não somente ituanos, possam ter um acesso e conhecimento sobre a profissão do agricultor e a importância dela na sociedade. “Temos que aliar turismo rural à vida simples do camponês”. E finaliza com uma mensagem. “Vamos aproveitar o êxito que possuímos no turismo rural, mostrando ao turista como é a rotina de um agricultor, não somente vendendo produtos e serviços, que é a característica do nosso turismo hoje”.
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