Economia & Negócios

Publicado: Quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Você gosta do seu emprego ou do seu salário?

Foi-se a época em que o dinheiro era prioridade na escolha.

Por Guilherme Martins

Você ganha bem? E gosta do seu trabalho? Se a sua resposta foi positiva para as duas questões, então parabéns! Você pertence a uma pequena parcela da população que consegue aliar um emprego que gosta, junto a um salário satisfatório.

Mas e para a grande maioria, que se sujeita a trabalhar exercendo funções que não gosta, só pelo salário? Afinal, o que é mais importante: amar o seu salário ou amar o seu emprego? No ano de 2006, a SEC, empresa de recrutamento e treinamento de secretárias da área administrativa, realizou uma importante pesquisa na qual os profissionais deveriam apontar o que achavam mais importante ao obter trabalho.

Dos 492 votos feitos pelo site da empresa, a satisfação profissional liderou a pesquisa com 34%, sendo que o dinheiro figurou apenas na quinta posição, com 12% dos votos.

Bom salário basta?

Uma pesquisa mundial, desenvolvida pelo grupo Ipsos, encontrou a resposta para essa questão: não. Ganhar um bom salário não é suficiente para ser feliz.

No Brasil aqueles que participaram da pesquisa parecem divididos: 52% dizem que dinheiro não é sinal de sucesso, mas 48% discordam.

A prova maior desse cenário é que hoje em dia não é difícil conhecer uma pessoa que tenha abandonado um emprego estável, por um outro com o qual se identificasse mais, e muitas vezes até com um salário menor.

Este é o caso da estudante de Direito Natália Curatolo, de 22 anos, que trocou o emprego fixo na loja de calçados do pai, por um estágio na área de seu estudo. “Na loja do meu pai o salário era bom e eu tinha estabilidade por ser um negócio de família, mas logo fui atrás do que eu realmente queria”, e completa. “Passei a ganhar menos, mas estava finalmente fazendo o que me dá paixão”.

E é daí que vem a grande questão: ganhar R$ 5 mil para carimbar documentos em período integral ou R$ 2 mil para exercer, por meio período, uma função mais complicada, mas que te desse prazer? Muitas pessoas têm escolhido a segunda opção.

Bom ambiente de trabalho em primeiro lugar

Realmente houve uma época em que o salário era o principal diferencial na escolha de uma profissão. Atualmente os profissionais (principalmente os mais jovens) possuem outros interesses.

Outra pesquisa feita com 35 mil jovens revelou que a empresa ideal precisa oferecer um bom ambiente de trabalho em primeiro lugar, seguido de desenvolvimento profissional e qualidade de vida.

Trata-se de uma nova geração de profissionais, definidos pelos especialistas como geração Y. E essa nova geração tende a, cada vez mais, dar uma nova perspectiva ao mercado de trabalho. Conheça o perfil dessa geração e veja se você se encaixa nele!

Mas e você? Está em uma fase em que vale mais o salário e os benefícios, a qualidade de vida e o trabalho a ser realizado ou está em uma fase em que qualquer coisa que vier é lucro? Responda-nos e deixe seus comentários!

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