Teatro Mágico se apresenta em Salto nesta sexta
Curta música, circo e poesia no palco do Pavilhão das Artes.
Renan PereiraMúsica, circo, poesia e elementos do teatro dialogando no mesmo espaço. É neste contexto de sarau amplificado que o grupo “O Teatro Mágico” pisa no palco do Pavilhão das Artes, nesta sexta, dia 17 de dezembro, às 21 horas, em Salto. O conjunto - que marcou presença recentemente no consagrado Festival SWU em Itu – toca pela primeira vez no evento, que integra a programação do “Natal Arte”.
O espetáculo, marcado por encenações e questões ideológicas, vem trilhando seu caminho há sete anos. Na era da Internet, muitos previam que somente um show não ganharia mais os ouvidos do povo. No caso do “Teatro Mágico” esta afirmativa faz sentido. Com letras e canções que sensibilizam o público, Fernando Anitelli e Cia. trazem de volta o conceito de show musical para espetáculos multiartísticos, incorporando interpretações circenses, teatrais e poéticas para suas melodias.
Não é a toa que nos últimos anos, os palhaços têm recebido uma série de prêmios de melhor show. As apresentações envolvem públicos diversificados, dialogando a partir de uma linguagem acessível, desde setores mais populares até os mais críticos. “O Teatro Mágico” também leva para o palco não só uma reinvenção do show, mas também o debate em favor da música livre e uma conscientização da problemática social das desigualdades e injustiças do Brasil.
O primeiro álbum da trupe de Osasco-SP, "Entrada para Raros", já vendeu mais de 200.000 cópias e o seu "Segundo Ato", lançado em 2008, bateu a marca dos 50.000 discos vendidos até o momento. Neste ano, a trupe lança seu segundo DVD de trabalho “Segundo Ato”, em parceria com o “Programa Toca Brasil”, do Itaú Cultural.
Internet e ideologia
Fernando Anitelli, músico responsável pela criação do projeto, está à frente do Música Pra Baixar (MPB), movimento que tem o objetivo de questionar a cadeia produtiva da música e a atual legislação autoral. A partir daí surge relação com diversos movimentos da sociedade civil como os grupos ambientalistas, feministas, etc. “O Teatro Mágico” é marcado pelo pioneirismo na exploração e uso da Internet em seu modelo de produção e divulgação do trabalho.
Primeiro com a disponibilização de todo seu conteúdo audiovisual livre na web. Logo após, consolidados na cena independente por meio dos downloads, adotaram com sucesso o modelo da auto-produção, onde o público se tornava co-produtor das apresentações da trupe em busca de recursos e espaços em suas cidades, levando assim, o espetáculo para diversos cantos do país.
Hoje o grupo atrai a atenção de grandes produtores e festivais tradicionais na maioria dos estados. No cenário atual de convergência das mídias, o “Teatro Mágico” é vanguarda ao emplacar seus variados assuntos na lista de tópicos mais comentados do Twitter, como a reforma da lei de direito autoral - provando assim sua força de mobilização frente a principal rede social da web.
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