Manifestação contra a falta d'água em Itu é reprimida com bombas
Ato ocorreu em frente ao comitê eleitoral do ex-prefeito.
André Roedel
Mais uma manifestação contra a situação do abastecimento de água em Itu terminou com repressão policial na noite desta quinta-feira, dia 25 de setembro. Bombas de efeito moral e tiros de balas de borracha foram usados pela Tropa de Choque da Polícia Militar para dispersar os manifestantes, em sua maioria jovens estudantes.
O grupo se reuniu no início da noite na Praça da Matriz e discutiu os rumos da manifestação. De lá eles foram até o comitê eleitoral do candidato a deputado federal e ex-prefeito de Itu, Herculano Passos (PSD). Gritando palavras de ordem e carregando cartazes, o grupo reivindicou ações efetivas para enfrentar a crise.
Durante o protesto, os participantes responsabilizaram Herculano pelo desabastecimento e pediram que o atual prefeito, Antonio Tuíze, decrete estado de calamidade pública – o que foi descartado por ele na terça-feira, dia 23 de setembro, um dia após o protesto que reuniu duas mil pessoas em frente à Câmara de Vereadores.
A cidade enfrenta desde fevereiro o pior racionamento da história. Muitas residências chegam a ficar mais de 15 dias sem abastecimento. Diante da crise, moradores buscam alternativas perigosas, como a captação de água em córregos sujos. Outros optam por caminhões-pipa particulares, que estão até recusando vendas por conta da alta demanda.