Cotidiano

Publicado: Terça-feira, 5 de agosto de 2014

Racionamento de água em Itu completa seis meses

Relembre os fatos da crise no abastecimento na cidade.

Seis meses. Esse é o tempo que os ituanos já enfrentam do mais severo racionamento de água que a cidade já teve. Implantada oficialmente no dia 5 de fevereiro deste ano, a medida só se intensificou de lá pra cá. Foram feitas alterações nas áreas afetadas, mudanças de horários e datas de abastecimento, mas o problema persistiu.

Adotado por conta da escassez de água nos reservatórios (que na época trabalhavam com apenas 10% da capacidade), o racionamento funcionava das 20 às 4 horas, quando o fornecimento era interrompido. A medida duraria até que os mananciais de Itu se recuperassem – o que não ocorreu, já que a forte estiagem continuou.

Sem água na torneira, a população se indignou. Diversos comentários começaram a surgir nas redes sociais, muitos deles criticando o governo municipal. Um protesto na Praça do Carmo foi realizado no dia 15 de fevereiro, quando o problema afetava mais os moradores da região do Pirapitingui. Porém, apenas 20 pessoas participaram.

Diversas vezes alterado, o racionamento atingiu nível crítico em julho, quando a região central da cidade passou a receber água das 18 às 4 horas apenas em dias alternados. Isso quando vinha, já que muitos munícipes reclamaram – e ainda reclamam – que suas residências não eram abastecidas. Pra piorar, o manancial do Itaim hoje está com capacidade abaixo dos 4%.

Diante da situação, a concessionária Águas de Itu anunciou um projeto para tentar sanar o problema. A empresa disse que iniciou o pedido de licença para as obras de captação nos ribeirões Pau D’Alho e Putribu de Baixo (Mombaça), que deve durar 100 dias. A medida pretende ampliar em cerca de 62% a capacidade de água na rede de abastecimento do Centro.

O racionamento intenso preocupou até o Ministério Público do Estado de São Paulo, que recomendou que a administração municipal reconheça o estado de emergência e calamidade pública. A justiça também recomendou que a Prefeitura proíba novos loteamentos e condomínios na cidade por prazo mínimo de doze meses.

O problema da falta de água em Itu atingiu um ponto tão severo que foi notícia em diversas revistas, jornais impressos e televisivos, como o Jornal Nacional e o Fantástico, ambos da Rede Globo. Ao que tudo indica, o racionamento que já dura um semestre não tem previsão para acabar.

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