Publicado: Terça-feira, 27 de novembro de 2007
Mata Atlântica
Camila BertolazziA Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta. Ao todo, são 1.300.000 Km², ou seja, aproximadamente 15% do território nacional, englobando 17 estados brasileiros, atingindo até o Paraguai e a Argentina. Somando à magnitude destes números, um outro dado modifica a percepção sobre a imensidão desse bioma: 93% da sua formação original já foi devastada. O principal motivo desses impactos é a presença humana. 62% da população brasileira, aproximadamente 110 milhões de pessoas vivem nessa região.
Vale destacar a existência de sete das nove maiores bacias hidrográficas brasileiras neste bioma. Sendo assim, proteger a Mata Atlântica também é proteger os processos hidrológicos responsáveis pela quantidade e qualidade da água potável para 3,4 mil municípios, e para os mais diversos setores da economia nacional como a agricultura, a pesca, a indústria, o turismo e a geração de energia.
Itu e a Mata Atlântica
A Mata Atlântica nesta região é uma área de transição entre o cerrado paulista e a Mata Atlântica do Planalto, classificada como semi-decidual. Porém, restam apenas 6% da floresta original, já que o ciclo do café e, mais recentemente, a criação de gado, acabaram por desmatar muito a mata.
Há muito a ser feito em termos de restauração florestal. As matas ciliares dos córregos urbanos e rurais, ao longo dos anos, têm sido alvo de degradações para implantação de loteamentos ou pastos, com algumas exceções, como as matas ciliares do Rio Tietê, que, devido à declividade do terreno, estão bem protegidas no trecho entre Cabreúva e Salto, onde Itu está situada, e por onde passa a Estrada Parque de Itu.
Nesta região, a árvore símbolo da Mata Atlântica é o Jequitibá Rosa. Ele simboliza, por sua imponência gigantesca, o quão frágil é esse ecossistema e, maior ainda, o desafio em recuperar e manter esses fragmentos florestais.
Comentários