Pajé Tchydjo (nome indígena)

Pajé Tchydjo nasceu em Funiô e passou a infância na Aldeia Kariri Xocó. Freqüentou a escola até os 10 anos de idade e depois passou a trabalhar em uma Padaria vendendo pães, bolos e biscoitos na rua, no trem e nos bairros de Porto Real do Colégio – Alagoas - LA.

Com 18 anos casou-se com Salete da Aldeia Kariri Xocó e constituiu uma nova família com oito filhos, fixando-se na Aldeia Kariri Xocó.

A partir dos 20 anos destacou-se como Mestre do Toré, trabalhando com os anciões, mas desde a infância já apresentava o dom para este rito sagrado.

Em 1980 os mestres anciãos da Aldeia Kariri Xocó entregaram à Tchydjo a responsabilidade de Mestre do Toré, cargo até então ocupado por eles. Na mesma época, o Pajé permitiu que a Cerimônia do Toré fosse aberta para os demais povos do Brasil e do mundo. Em 1992 passou a apresentá-la em Aracaju, Salvador, Minas e Rio de Janeiro e depois veio para São Paulo.

Essa cerimônia busca preservar a saúde do mundo e a fraternidade entre os povos. Outro objetivo do Toré é melhorar o padrão de vida de sua comunidade para que essas e outras sejam conservadas em sua localidade de origem.

Pajé Tchydjo apresenta suas idéias com clareza e imensa profundidade, sendo um testemunho vivo das origens do povo brasileiro. Destaca-se pelo conhecimento, vivência da história de sua tribo, espírito forte, guerreiro e líder de seu povo.

Tchydjo é filho do Índio Tuni da Aldeia Funiô, que mora na Cidade de Águas Belas e da Índia Tiniche da Aldeia Kariri Xocó.

Trabalhos Realizados

Fundador da Águia Dourada – Organização Multicultural Indígena do Nordeste em Salvador.
Deu início a demarcação geral de suas terras da Aldeia Kariri Xocó em 1990.
Construiu um Projeto de Irrigação para a comunidade.
Ampliou a educação do Idioma Macrogê.
Trabalha com Educação Ambiental.
Conseguiu solucionar o problema de poluição com a limpeza total e periódica da Mata Sagrada Religiosa.
(1987) Participação especial para elaboração de documentário em fita VHS realização da Fundação Joaquim Nabuco com os indígenas do Nordeste.
Em 1972 trabalhou no PRODEC – Programa de Desenvolvimento Comunitário Indígena.
(1999) participou do II Encontro das Tribos Jovens, realizado no Sítio do Descobrimento da Bahia – BA.
(1999) participação no Evento “Grande Encontro tradições da Terra” que reuniu representantes de cinco das 215 tribos que restaram na Brasil – Rio Janeiro – RJ.
(1999) participação no Lançamento do Manifesto dos 500 anos de Brasil – Rio Janeiro - RJ.
(2000) Workshop do Toré no Programa de Intercâmbio, realizado em Universidade de Nova York e no American Museum of Natural History.
(2000) Workshop ”Unindo as Tradições Kariri Xocó e Navajo” – Itu – SP
(2000) Seminário Nacional Teatro e Cultura Tradições Cômicas – História e Performance, realização UNIRIO – Universidade do Rio de Janeiro – RJ.
(2000) I Encontro e Congresso de Performance e Política das Américas - UNIRIO - Rio de Janeiro – RJ.
(2000) Curso de Extensão “A Identidade Brasileira: Manifestação no Corpo, Mente e Espírito” – Universidade Anhembi Morumbi – São Paulo – SP.
(2000) participação no Evento Forest 2000, em Porto Seguro – BA.
(2000) Poéticas Aberta do Entorno e da Cultura Mestiça realização Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo – SP.
Pesquisador do idioma nativo da Tribo Kariri Xocó.
Fundou a equipe de dança denominada de Grupo Indígena Tchydjo.
(2001) fundado o Instituto Tchydjo de Cultura e Desenvolvimento Kariri Xocó com sede provisória na Aldeia Kariri Xocó – Porto Real do Colégio – Alagoas – AL.

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