Economia & Negócios

Publicado: Segunda-feira, 7 de julho de 2008

Os porquês da Revolução Constitucionalista de 1932

Os porquês da Revolução Constitucionalista de 1932
As iniciais dos quatro nomes formam a sigla MMDC, que se transformou no grande símbolo da revolução
Em 1930, uma revolução derrubava o governo dos grandes latifundiários de Minas Gerais e São Paulo. Getúlio Vargas assumia a presidência do Brasil em caráter provisório, mas com amplos poderes. Todas as instituições legislativas foram abolidas, desde o Congresso Nacional até as Câmaras Municipais. Os governadores dos Estados foram depostos. Para suas funções, Vargas nomeou interventores. A política centralizadora de Vargas desagrada às oligarquias estaduais, especialmente as de São Paulo.
 
As elites políticas do Estado economicamente mais importante sentem-se prejudicadas, e os liberais reivindicam a realização de eleições e o fim do governo provisório. O governo Vargas reconhece oficialmente os sindicatos dos operários, legaliza o Partido Comunista e apóia um aumento no salário dos trabalhadores. Estas medidas irritam ainda mais as elites paulistas. Em 1932, uma greve mobiliza 200 mil trabalhadores no Estado. Preocupados, empresários e latifundiários de São Paulo se unem contra Vargas.

No dia 23 de maio é realizado um comício reivindicando uma nova constituição para o Brasil. O comício termina em conflitos armados. Quatro estudantes morrem:
> Mário Martins de Almeida;
> Euclides Miragaia;
> Dráusio Marcondes de Sousa;
> Antônio Camargo de Andrade
 
As iniciais de seus nomes formam a sigla MMDC, que se transformou no grande símbolo da revolução. Um quinto ferido, o estudante Orlando de Oliveira Alvarenga, morreu alguns meses depois e, por este motivo, não teve seu nome associado ao movimento. Hoje, algumas pessoas adicionam sua inicial à sigla MMDC, que também é conhecida como MMDCA.

Colar Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos
Em homenagem à pessoa de Alvarenga, e de tantos heróis anônimos que sucumbiram pela causa constitucionalista, o Governador Geraldo Alckmin oficializou, no dia 25 de abril de 2002, através do decreto nº 46.718, a criação da Láurea - Colar Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos, instituída pelo Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba.

O objetivo da medalha é recompensar as personalidades civis, militares e instituições públicas e privadas, que tenham contribuído de alguma forma para a recuperação histórica e a preservação da ordem constitucional e, assim, prestado relevante serviço ao povo paulista para o engrandecimento do Brasil. Em Itu, oito pessoas foram agraciadas.

O Colar Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos traz, no medalhão central, uma cruz, símbolo de sofrimento e martírio, lembrando os heróis de 32, e a inscrição MMDC A, identificando os primeiros mártires da luta paulista, acrescentando o A de Alvarenga e de Anônimos. Traz, ainda, duas espadas cruzadas, indicando a vontade guerreira que marcou aquele momento histórico de São Paulo. As cores da bandeira paulista dão grande significado para a honraria.
Comentários