Publicado: Terça-feira, 8 de julho de 2008
Entrevista com o autor Paulo Stucchi
Deborah DubnerComo surgiu a idéia de escrever este livro?
Surgiu na noite de Natal de 1995, ano em que minha avó materna morreu. Acho que ela foi a grande inspiração para que eu buscasse e colocasse no papel os sentimentos que giram em torno da mesa de jantar da família do livro. Mas só comecei a escrever em 2003. As dores pela perda de alguém são universais, e os sentimentos que isto acarreta também o são: culpa, vazio, rancores, arrependimento.
Quanto tempo demorou para escrever o romance?
Iniciei e abandonei este livro várias vezes. Aliás, chegou num ponto, no final da ceia, em que não sabia como terminá-lo. Acho que por isso demorei tanto para resolver publicá-lo.
Você tem outros livros já escritos e não publicados?
Tenho outros dois livros escritos, e um no qual estou trabalhando hoje. Para falar a verdade, antes de enviar O Natal sem Mamãe para a editora, estava em dúvida sobre qual publicar. Tenho um outro romance, que escrevi há quinze anos atrás, pelo qual tenho muito carinho. Mas acho que foi escrito em outra época, e refletia uma outra forma de ver o mundo. Enfim, acabei optando pelo Natal sem Mamãe, mesmo porque, de certa forma, foi uma maneira de homenagear minha avó, que morreu em 1995.
E quais são os próximos projetos?
Tenho um livro que está sendo concluído. Ele gira em torno do Jornalismo. Tenho uma visão meio pessimista da profissão, e acho que quis passar esse sentimento para a história. Além disso, tenho um projeto de publicar algo sobre as ruas de Itu, dando continuidade aos artigos que publico no Itu.com.br. Mas acho que tudo vai depender da repercussão deste primeiro livro.
O romance O Natal sem Mamãe, publicado pela Editora Scortecci, será lançado na Bienal do Livro em 16 de agosto.
- Tags
- gente
- escritor
- entrevistas
Comentários