Publicado: Quarta-feira, 9 de julho de 2008
Wall-E
Confira uma crítica da mais nova animação da Pixar!
Guilherme MartinsPor Guilherme Martins
Desde que a Pixar Animation Studios fez sua estréia com a animação Toy Story (1995), o mercado cinematográfico infantil e o da animação computadorizada expandiram horizontes, imaginando todas as maravilhas que a animação poderia nos proporcionar.
De lá pra cá, fomos agraciados com diversas animações excelentes como Shrek, Os Incríveis ou A era do Gelo. Agora, 13 anos depois, quando você pensa que já viu tudo em se tratando de originalidade e que as animações atingiram seu ápice, surge uma agradável surpresa chamada Wall-E.
De lá pra cá, fomos agraciados com diversas animações excelentes como Shrek, Os Incríveis ou A era do Gelo. Agora, 13 anos depois, quando você pensa que já viu tudo em se tratando de originalidade e que as animações atingiram seu ápice, surge uma agradável surpresa chamada Wall-E.
O novo filme da Pixar é lindo em muitos aspectos, desde o seu visual, até seu roteiro inteligente e engajado (ainda que estejamos falando de uma história de amor entre dois robôs). Como sempre em filmes da Pixar, as mensagens de amor, lealdade e companheirismo se fazem presentes, mas, esse filme em particular, vai além. Ele é feito para crianças e para adultos também, pois os adultos podem ver o filme sob outro prisma, que muitas vezes passa despercebido pelos menores.
Logo no início do filme, somos levados ao futuro do nosso planeta. As velhas cidades ficaram irreconhecíveis diante de todo o estrago que nós, homens, fizemos com o passar dos anos. A Terra está coberta de lixo, até onde a vista alcança, e os humanos foram levados para viver em uma nave, no espaço, enquanto pequenos robôs limpam a nossa sujeira. Com o tempo, todos os robôs foram se estragando, até que só sobra um. É Wall-E o protagonista do filme. Logo nos primeiros 20 minutos, percebe-se o quão audacioso, original e ambicioso é o novo projeto da Pixar, já que o espectador acompanha o infinito serviço de limpeza do robozinho num Planeta Terra deserto, sujo e claustrofóbico.
Nesse tempo todo, o silêncio imposto nas cenas só é rompido pelos ruídos emitidos pelo robô. O que nos leva a crer que houve uma referência ao clássico da ficção científica 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick,cujo início também é praticamente mudo.
Nesse tempo todo, o silêncio imposto nas cenas só é rompido pelos ruídos emitidos pelo robô. O que nos leva a crer que houve uma referência ao clássico da ficção científica 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick,cujo início também é praticamente mudo.
A animação também faz inveja aos maiores clássicos do cinema romântico, pois acerta na simplicidade. Os idealizadores tiveram a sensibilidade de atribuir a um simples (e até ingênuo) toque de mãos, com os dedos entrelaçados, um romantismo palpável e ímpar, que muitos filmes com cenas de beijos cinematográficos entre os protagonistas de carne e osso, não conseguem passar.
Resumindo, é um filme muito recomendável às crianças e aos adultos também, pois agrada em todos os sentidos e injeta ânimo aos amantes de cinema, ao deixar claro (mais uma vez) a competência e genialidade incontestável da Pixar em fazer animações infantis.
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