A Múmia 3: A Tumba do Imperador Dragão

Por Guilherme Martins

Em 1999, lembro-me de ter uma agradabilíssima surpresa ao ir ao cinema para assistir ao filme A Múmia. Antes desse filme imaginava as múmias em filmes de terror como sendo criaturas pífias e que não metiam medo nem em bebês. Afinal, o que elas poderiam fazer? Enrolar as bandagens em alguém e asfixiá-lo com o mofo e a poeira?

Felizmente o diretor Stephen Sommers reinventou as múmias e criou uma história cheia de aventuras e humor num filme que não fez pouco em comparação a Indiana Jones e outros. Essa fórmula de aventura e humor foi aprimorada e rendeu uma continuação em 2001, O Retorno da Múmia, que não só trouxe os mesmos atores como também contou com a participação do ex-lutador Dwayne “The Rock” Johnson, como o Escorpião Rei. Infelizmente, um dos graves defeitos dos Blockbusters (filmes arrasa-quarteirão) de Hollywood é não saber quando parar. Então resolveram lançar um terceiro filme. A Tumba do Imperador Dragão não conta com o diretor Stephen Sommers, responsável pelo sucesso dos dois primeiros e nem com a belíssima atriz Rachel Weisz, no papel de Eve, dando lugar à fraca atuação da excelente atriz Maria Bello.

De resto, todo o elenco está lá: Brendam Fraser como o valente Rick O´Connel; John Hannah como Jonathan, o irmão desengonçado de Eve, que ainda garante a pitada de humor do filme e novidades como o jovem ator Luke Ford que interpreta Alex, o filho do casal O´Connel. Mas a história foi toda deturpada e nos vemos de frente a uma múmia chinesa (acredite se quiser), dragões, monstros-das-neves e várias outras baboseiras que acabaram com a originalidade do filme. Nenhuma novidade é mostrada em relação aos outros e conseguiram acabar com tudo o que ele tinha de bom. A sensação que se tem depois de assisti-lo é de déjà-vu, como se você já tivesse visto isso antes, só que de um jeito melhor.

Outra prova de que Hollywood não sabe quando parar é que planejam fazer outra trilogia da múmia, desta vez com o filho de Rick e Eve no papel principal. Isso depois de, literalmente, trancar num sarcófago e enterrar a franquia com esse filme que só pode ser classificado como regular e dispensável. Como não consegui meu dinheiro de volta logo após a exibição, sugiro que os leitores dessa crítica fujam dessa roubada.

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