Publicado: Terça-feira, 6 de março de 2007
Escola de Cegos Santa Luzia
Camila Bertolazzi
Por Camila Bertolazzi
A Associação Ituana de Assistência aos Deficientes Visuais - Escola de Cegos Santa Luzia foi fundada em setembro de 1982, como uma entidade sem fins lucrativos, políticos ou religiosos, para atender a portadores de Deficiências Visuais em todos os aspectos sociais, sem limite de idade, formando e integrando-os como membros ativos da sociedade.
A Associação Ituana de Assistência aos Deficientes Visuais - Escola de Cegos Santa Luzia foi fundada em setembro de 1982, como uma entidade sem fins lucrativos, políticos ou religiosos, para atender a portadores de Deficiências Visuais em todos os aspectos sociais, sem limite de idade, formando e integrando-os como membros ativos da sociedade.
Trabalhando para que essa integração aconteça, a associação dispõe de uma equipe de Orientação e Mobilidade, Terapeuta Ocupacional, Psicóloga, Pedagoga, Professor de Braille, Assistente Social e Oftalmologista. Os atendimentos são totalmente gratuitos para a comunidade ituana e da região.
Apesar do nome, a Escola de Cegos Santa Luzia não é uma escola, segundo a coordenadora pedagógica da associação, Regina Maciel Sandei, a mesma é uma clínica, que atende 59 deficientes visuais, com baixa visão ou com cegueira total. “As crianças e os jovens freqüentam escolas regular, e vêm para o Santa Luzia para receber um suporte social”, afirma Regina.
Devido à dificuldade que alguns têm em acompanhar o ensino regular, a entidade, dispõe de professores que ajudam os deficientes com aulas de reforço, além de “transformar” os livros didáticos do governo, em um livro braille. No Santa Luzia, os deficientes aprendem culinária, trabalham com as leis e descobrem seus direitos perante a sociedade.
Uma outra assistência muito importante dada pela Escola de Cegos Santa Luzia, é a inclusão no mercado de trabalho, na qual a equipe da entidade acompanha o deficiente na empresa, orienta sobre o local de trabalho, assim como o transporte e a alimentação.
“Os cegos vivem uma vida normal. Quantas vezes eu já não os escutei combinando um churrasco ou de irem à pizzaria”, afirma alegremente a coordenadora pedagógica. Os deficientes participam de competições de natação e atletismo. No ano passado, o deficiente Noel foi campão do Campeonato Brasileiro de Natação (nível 2), junto com a equipe de Itu.
A cegueira pode ser ocasionada de um fator genérico, doenças, como a diabetes, ou acidente, seja de carro ou de trabalho. “No Santa Luzia, nós temos exemplos de cada um desses fatores ocasionais”, afirma Regina.
A associação se sustenta através de doações e eventos beneficentes, como a festa alemã, festa junina, além de bingo e venda de pizza.
“Existe outra forma de continuar a vida sem visão. Deixei de ter algumas coisas, mas descobri outras”, afirma um jovem cego de 32 anos, casado e pai de dois filhos que perdeu a visão em um acidente de trabalho.
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