Publicado: Terça-feira, 28 de outubro de 2008
Campanha online 2.0 elege prefeito em São Paulo
A web 2.0 foi uma das grandes aliadas de Kassab.
Deborah DubnerAs eleições 2.0 chegaram para ficar. Segundo levantamento do Datafolha, apresentado em 30 de julho, 26% dos jovens brasileiros com idade entre 16 a 24 anos considera a Internet sua principal fonte de informação. Esse número é ainda pequeno se comparado ao que vem pela frente. A força do jornalismo online no cenário web 2.0 foi amplamente abordado em um evento realizado em Itu no mês de julho. Alan Dubner, consultor em Mídia Social e Marketing Digital foi um dos palestrantes e escreveu um amplo artigo sobre o tema.
Um exemplo de campanha online com mentalidade 2.0 foi a realizada pelo prefeito Gilberto Kassab, reeleito no segundo turno, no dia 26 de novembro.
A campanha de Kassab à prefeitura de São Paulo teve a Internet como um de seus principais aliados. Do início da disputa até o último domingo, o número de e-mails recebidos, em média, cresceu 300%.
Segundo informações da assessoria de imprensa, o site registrou picos de 12.500 acessos em um mesmo dia. Mais de 2.700 pessoas receberam missões, trocaram mensagens e se relacionaram na web. A rede somou no último mês cerca de 50 novos usuários por dia.
Um blog também foi criado, alimentado por blogueiros. A ferramenta foi um dos principais pontos de comunicação com os internautas. A página recebeu mais de 300 comentários todos os dias. Assim como na televisão, a figura do personagem Kassabinho também serviu de símbolo de identificação com o público de Internet, promovendo interatividade por meio de recados personalizados, jogos, papéis de parede etc.
O resultado de todo esse esforço online, que caracteriza uma importante campanha 2.0 do Brasil, contribuiu para aproximar o candidato ao público jovem. Esta tendência foi confirmada em pesquisa de intenção de voto, divulgada na última semana pelo Datafolha, que mostrou um crescimento de 11% do democrata entre os eleitores de 16 a 24 anos, saltando de 45% para 56%.
"A aproximação entre o cidadão e o mundo político será inevitável a partir de agora. Acompanhar, fiscalizar, perguntar e cobrar será parte do dia a dia do eleitor. As ferramentas existem. É apenas uma questão de escolher aproveitá-las ou não. Quem sair na frente colherá os frutos", alerta Dubner.
Leia mais: www.eleicoes20.com.br
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