Publicado: Sexta-feira, 27 de março de 2009
Watchmen - O Filme
Leia a crítica desta obra-prima dos cinemas!
Guilherme MartinsPor Guilherme Martins
A melhor coisa que existe ao ir ao cinema é ser pego de assalto (principalmente quando é pelo lado bom), ser surpreendido pela criatividade e engenhosidade de uma obra e nos prostrarmos diante dela, admirando toda a sua magnífica existência.
São poucos os filmes que causam esse efeito sobre mim. Watchmen com certeza é um deles. O longa conta a história de super-heróis numa realidade alternativa em que somos transportados para os Estados Unidos da década de 80, com Richard Nixon no poder e uma terceira guerra nuclear prestes a acontecer.
Com todos estes problemas, a sociedade conta com a ajuda dos super-herois que visam manter a paz. Uma vez estabelecida a ordem, entra em vigor a Lei Keene, que proíbe o uso de máscaras, forçando os justiceiros a uma aposentadoria antecipada. Porém, quando um deles é brutalmente assassinado, os (agora) cidadãos comuns são obrigados a vestir novamente os seus uniformes e lutar pela justiça, nem que isso signifique quebrar as leis.
Os heróis, denominados Watchmen (ou Vigilantes, como queira) são tão fascinantes, singulares e maravilhosamente interpretados, que fica até difícil escolher qual deles é o preferido. Temos o sociopata, porém extremamente carismático Comediante; o cruel e justiceiro Rorschach; o milionário e homem mais inteligente do mundo, Ozymandias; o azulão invencível, Dr. Manhattan; a bela e cheia de curvas, Espectral; e o ético em crise de meia idade, Coruja.
O que todos têm em comum é a áurea de depressão e grande dose de amargura que os personagens possuem. Mais do que heróis, eles são seres humanos dotados de dúvidas, anseios e conflitos emocionais.
O visual do filme é algo que marca época para a nova “geração pop” do cinema. É como um divisor de águas: o cinema antes e depois de Watchmen. Cada detalhe em cena é riquíssimo e torna-se um banquete para os olhos. O próprio personagem do Dr. Manhattan já é de uma magnitude visual incontestável. Algo que os fãs do visionário diretor Zack Snider (o mesmo de 300) já poderiam esperar.
As cenas de sexo, violência e nudez explícitas também estão presentes no filme, portanto, não se engane achando que trata-se de uma obra para ser assistida com os seus filhos mais novos.
Resumindo, é um filme único para ser assistido muitas e muitas vezes e se deliciar com a sua riqueza e singularidade. Fico grato por ter presenciado incomparável obra e recomendo-a para todos os amantes da sétima arte e das agradáveis surpresas que ela tem a oferecer.
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