Bem estar

Publicado: Terça-feira, 27 de outubro de 2009

Casas de Parto

Casas de Parto
Passeata a favor das casas de parto
As casas de parto, comuns em países da Europa, surgiram no Brasil como uma alternativa aos hospitais. O serviço preserva as características de um parto domiciliar e devolve ao nascimento sua dimensão social, tornando-o mais que um ato médico. Esses locais são uma opção para as mulheres que querem ter um parto natural, diferente do que ocorre em hospitais, onde a internação segue procedimentos como a separação da família, o acesso limitado à alimentação e a instalação de soro endovenoso.
 
Nas casas de parto, a gestante pode caminhar, comer, beber, tomar banho e receber massagens. A posição do parto, seja na água, deitada ou de cócoras é escolhida pela mãe. Acompanhantes podem estar presentes em qualquer momento. Enfermeiras e parteiras acompanham o pré-natal e todo o parto. E após o nascimento, o bebê não é separado da mãe.
 
Os adeptos do parto humanizado defendem que as casas de parto são ambientes mais apropriados para o nascimento das crianças, sem riscos de infecção e com mobiliário melhor adaptado para que a mulher possa agir como tiver vontade, sem ter, necessariamente, de ficar deitada numa cama. Evitar o uso de medicamentos para o alívio da dor durante o trabalho de parto é outro aspecto defendido por eles, além de ser recomendado pela OMS como uma conduta útil e que deve ser encorajada. Massagens e técnicas de relaxamento são alternativas ao uso de remédios.

No Brasil, o serviço pioneiro com as casas de parto foi no Ceará. Nos anos de 1975 a 1985, expandiu-se para as populações miseráveis de Fortaleza. Mas apenas em 1999, o Ministério da Saúde emitiu uma portaria regulamentando as casas de parto, oficialmente chamadas de Centros de Parto Normal (CPN), dirigidas por enfermeiros obstetras. Dados atualizados do Ministério da Saúde mostram que há 23 casas de parto cadastradas, mas apenas cinco seriam comandadas exclusivamente por enfermeiros.
 
Apesar dos supostos benefícios, os riscos também são considerados altos, pois esses espaços não possuem equipamentos emergenciais caso o parto não ocorra como o previsto. Em São Paulo, uma alternativa foi anexar aos hospitais estaduais unidades integradas ao Sistema Único de Saúde (SUS), próprias para o parto humanizado.
Comentários