Conheça um pouco mais dos artistas da Mostra Visual do SWU
Guilherme Martins
> Eduardo Srur
Apresenta na Mostra uma obra de sua autoria: o Labirinto. Com mais de 225 m2, o projeto será construído com cerca de 40 toneladas de materiais recicláveis como embalagens, copinhos plásticos, garrafas pets, papelão, isopor, latinhas de alumínio, entre outros, que são jogados fora pelas pessoas. “O Labirinto propõe a ativação dos sentidos e a participação do espectador dentro de um jogo provocativo e contestador. O público do SWU vai procurar a saída entre as paredes de resíduos sólidos que nós mesmos produzimos”, explica Srur.
Além disso, a ação performática de um Minotauro – personagem fantástico da mitologia –, criado pelo convidado especial Fabio Delduque, trará dinamismo e emoção para o público da arena e jogos de espelhos e lanternas ampliarão a experiência no interior da obra. No final do evento, todo o material será entregue para cooperativas de reciclagem.
> Urban Trash Art (UTA)
O UTA, formado pela dupla paulistana Pado e Rodrigo Machado, preparou uma escultura gigante, com 25 metros de comprimento e 5 m de altura, composta por centenas de materiais inusitados e objetos descartados pela sociedade. A obra tem como objetivo provocar a reflexão sobre o desperdício. Durante o festival, os artistas, que se apropriam do lixo urbano para criar trabalhos lúdicos e originais, darão continuidade à escultura, recolhendo os resíduos da arena e convocando o público a interferir e transitar pela obra.
> BIJARI
O Bijari, coletivo formado por artistas e arquitetos, criou para o festival o Ônibus Verde. A obra propõe a ocupação do meio de transporte público utilizado nas grandes cidades brasileiras. Dentro dele, projeções, efeitos luminosos e sonoros e a instalação de plantas e vegetação criarão um universo de vivência onde a realidade é questionada. O Bijari atua, desde 1986, como centro de criação de artes visuais e multimídia por meio de diversas linguagens plásticas, operando ainda entre meios analógicos e digitais.
> Oficina JAMAC – Monica Nador
O Oficina Jamac organizará, no festival, uma “tenda-oficina”, espécie de ateliê onde o público, durante os 3 dias de festival, poderá customizar bandeiras utilizando tecidos e pinturas e vivenciar uma experiência artística. O grupo também criou grandes bandeiras com temas relacionados à natureza brasileira, bastante coloridas, que estarão distribuídas pela arena, e um imenso varal ao lado da tenda onde serão expostos os trabalhos do público. O Jamac nasceu em 2004 com Mônica Nador, que, juntamente com outros artistas e moradores de bairros da Zona Sul de SP, criou um espaço de experimentação artística e local de convivência cultural. Monica Nador acredita na prática da “arte útil”, atividade capaz de transformar áreas carentes e resgatar o respeito das pessoas pelos espaços públicos da metrópole.
> Flavia Vivacqua
A artista, educadora e designer cultural criou para o festival o “Jardim de Utopias Possíveis”, uma ação de arte e intervenção na maior árvore da arena SWU. Em uma tenda ecológica, feita de bambu e telhado verde, 3 artistas-jardineiros receberão o público com milhares de “papéis–semente”. As pessoas escreverão no papel um sonho e sugestões para um mundo mais sustentável. Em seguida, as mensagens serão instaladas na copa da árvore formando uma composição. No final do evento, os papéis-semente serão depositados no baú da tenda e transportados para a Serra da Mantiqueira, onde a artista e comunidade local irão plantar o “Jardim das Utopias Possíveis”, fazendo, assim, florescer os sonhos das pessoas que fazem parte do SWU. Flávia Vivacqua realiza desde 1998 performances e intervenções urbanas que aproximam a experiência direta, a estética relacional e a sustentabilidade.
> Cooperativa Social de Produção de Arte em Materiais Recicláveis e Coleta Seletiva (COOPERAACS)
A coopertiva criou para a arena oito cataventos gigantes feitos de garrafas pet que ficarão a 6 metros de altura do solo. A Cooperaacs surgiu em 2004 e hoje é constituída por mais de 80 pessoas que se dedicam a projetos visuais com o uso exclusivo de materiais recicláveis e pós-consumo.